Schiller e a tarefa da intelligentsia ilustrada frente a crítica transcendental

Autores

  • Ralphe Alves Bezerra Doutor em Filosofia e professor da UVA.

Palavras-chave:

Schiller. Kant. Ilustração. Estética. Método.

Resumo

Tomando como referência o desafio metodológico enfrentado por Schiller, este artigo discute a opinião de que a Filosofia da Ilustração (idealismo, classicismo e romantismo) representa o esforço da intelligentsia alemã em realizar uma tarefa imposta pela Kritik der reinen Vernunft [1787] de Kant. Nesse sentido, Schiller tenta, contra os limites transcendentais da Kritik der Urteilskraft [1790], encontrar o princípio de objetividade da beleza. Na verdade, com seu projeto estético político, Schiller, por meio da beleza, pretende promover a síntese entre as forças racionais e sensíveis do ser, pois, somente assim, acredita ele, pode-se efetivar o pleno desenvolvimento antropológico e a verdadeira liberdade política do homem.

Biografia do Autor

Ralphe Alves Bezerra, Doutor em Filosofia e professor da UVA.

Mestre em Filosofia pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB (2000) e Doutor pela Universidade Federal do Ceará – UFC. Prof. Assist. da Universidade Estadual do Vale do Acaraú – UVA. Interesse: antropologia, estética, filosofia moral e metafísica.


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Publicado

2019-04-22

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