O que faziam os amigos: Hannah Arendt e a filosofia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36517/Argumentos.27.12

Palavras-chave:

Hannah Arendt. Filosofia. Pensamento. Julgamento. Perdão.

Resumo

O texto apresenta uma tentativa de compreender, nos marcos do pensamento de Hannah Arendt, sua recusa em ser chamada de filósofa, relacionando tal circunstância às suas experiências na Alemanha durante o nazismo e à sua intenção de refletir sobre a política num contexto em que as respostas tradicionais não são capazes de fornecer orientação. Partindo da relação identificada por Arendt entre a ausência de pensamento e o mal, investiga se a faculdade de julgar, liberada pelo pensamento, pode ser afetada não apenas pela irreflexão, mas pela radicalização das próprias condições do pensar.

Biografia do Autor

Christina Ribas, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Graduada em Direito pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (1986), Mestrado em Direito pela Universidade de São Paulo (1991) e Doutorado em Direito pela Universidade de São Paulo (1999). Atualmente é Professora da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Filosofia do Direito, especialmente nos seguintes temas: Hannah Arendt, Justiça, Direitos Humanos.

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Publicado

2022-01-01

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