Deleuze e duas apropriações do dionisíaco nietzschiano para um pensamento sem sujeito

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36517/Argumentos.29.18

Palavras-chave:

Deleuze. Nietzsche. Dionisíaco. Pensamento.

Resumo

O objetivo deste artigo é destacar e discutir dois momentos nos quais Deleuze se apropria da noção nietzschiana de dionisíaco, para compor o programa de um pensamento sem imagem em oposição ao pensamento da representação. A primeira apropriação diz respeito à questão de um novo discurso filosófico em prol de individuações e singularidades anteriores à “forma sujeito”. A segunda apropriação corresponde à defesa de um pensamento imanente, que ocorre na superfície e não recorre a modelos bem centrados. Trata-se de verificar em quais pontos a influência de Nietzsche foi decisiva para Deleuze compor um novo pensamento em Diferença e repetição, conferindo destaque a noções de individuação, singularidade, diferença e arte.

 

Biografia do Autor

Leandro Lelis Matos, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Doutor em Filosofia pela UFMG. Possui mestrado em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2013) e graduação em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará (2009). Atua nas áreas de Estética e Filosofia da arte, Filosofia francesa contemporânea, em especial no pensamento de Gilles Deleuze. É membro do GT Deleuze-ANPOF. Possui interesses pelos seguintes temas: Filosofia e tecnologia, Filosofia do Brasil, Filosofia política e Existencialismo

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Publicado

2023-01-01

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