O Ser e o Nada e a libertação metafísica: primeira tarefa da filosofia da liberdade
DOI:
https://doi.org/10.36517/Argumentos.31.5Palavras-chave:
O Ser e o Nada. Libertação. Metafísica. Sartre.Resumo
A filosofia de Sartre é filosofia da liberdade. Isso se confirma por sua obra, seja em textos literários ou teatrais, em intervenções políticas e até mesmo em relatos de viagens; mas é nas obras técnicas que essa preocupação é ainda mais evidente: para ele a filosofia deve cumprir três tarefas, das quais a primeira – e mais importante - é a libertação metafísica de homens e mulheres. O Ser e o Nada cumpre justamente essa tarefa, pois é contra Kant e distanciando-se de Husserl e Heidegger que, primeiro, a liberdade se revela como verdade fenomenológica: eu a sou; segundo, contra todo determinismo, seja de exterioridade, como a situação ou História (condição, classe etc.), ou de interioridade, como Ego (Eu transcendental, caráter etc.), Sartre mostra que a liberdade, além de fundamento da História, também está no princípio de toda aventura individual (história de vida, Psiquê), sendo – ambas – expressões de mesma gênese: a singularidade da liberdade em seu processo autossustentável de ser-no-mundo, fonte única daquilo que é o homem e mulher, e, por consequência, de tudo que pode vir ao Ser. A ontologia fenomenológica é obra basilar da filosofia da liberdade.
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