Riso e loucura em Platão e Nietzsche: uma provocação insinuando aproximação

Autores

  • Izabela Bocayuva Universidade do Estado do Rio de janeiro

Palavras-chave:

Nietzsche. Platão. Antiplatonismo.

Resumo

Este artigo apresenta o início de uma pesquisa que tem como escopo identificar não apenas as já tão conhecidas diferenças entre Platão e Nietzsche, mas também talvez inusitadas aproximações entre eles. Como negar o antiplatonismo nietzschiano? Entretanto, levanto a hipótese de que esses dois pensadores, que se encontram nos extremos da metafísica do ocidente, têm a mesma alma, isto é, exercem uma extremamente vigorosa crítica à sua época, motivados pelo mesmo: superar a mediocridade em nome de um homem nobre e livre, além de serem ambos exímios escritores. É certo que o exercício da crítica de cada um foi feito com instrumentos inteiramente opostos. Enquanto Platão teve necessidade de criticar os poetas, Nietzsche teve necessidade de criticar o platonismo. Enquanto um afirma o intelecto e o além, o outro afirma o corpo e a Terra. O esforço dessa pesquisa é mostrar que muito embora haja tais diferenças radicais, é possível entender que, ao invés de se oporem, Nietzsche e Platão encontram-se muito próximos um do outro em seu impulso crítico.

Biografia do Autor

Izabela Bocayuva, Universidade do Estado do Rio de janeiro

Professora Associada da Universidade do Estado do Rio de janeiro (UERJ).

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Publicado

2014-07-01

Edição

Seção

Dossiê Filosofia Antiga