A democracia como vítima do golpe tragicômico de 2016 no Brasil
Palabras clave:
Democracia natimorta. Golpe político-jurídico-midiático 2016. Tragicomédia.Resumen
Karl Marx (2011), na obra 18 Brumaire de Louis Bonaparte, relata que o filósofo Hegel comentou, em muitas passagens de seus escritos, “que todos os grandes fatos e personagens da história mundial são encenados duas vezes”. Porém, observa Marx, Hegel se esqueceu de acrescentar que a primeira encenação é como uma “tragédia”, e a segunda tal como uma como “farsa”. No Brasil, o golpe de Estado, que se repetiu mais de duas vezes, agora em 2016 se efetivou como uma tragicomédia. Fatos recentes da história política do Brasil provam essa tese, com um agravante: o assassinato da democracia. Em 1964, os militares, a elite burguesa etc., golpearam as combalidas bases da democracia de então ao assumirem, ditatorialmente, o comando dos poderes do Estado (executivo, legislativo e judiciário) e, por conseguinte, das relações e práticas sociais, econômicas, morais, trabalhistas, educacionais. Em 1985, inicia-se o período da “redemocratização”, ou melhor, da gestação da democracia no Brasil. Mas esta, antes de renascer, sofreu um novo ataque em 2016 quando a então Presidenta Dilma Rousseff foi vítima de um golpe de Estado de cunho político-jurídico-midiático. A natureza deste golpe é tragicômica. O desfecho de uma tragicomédia, por vezes, é “um final feliz”; mas este não é o caso do golpe 2016 no Brasil. O objetivo deste texto é caracterizar o golpe de 2016 no Brasil como tragicômico e evidenciá-lo como assassino da democracia.
Citas
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