Filosofia em "Tempos Sombrios": A leitura de Critão sobre Sócrates na pólis diante das leis e da opinião da maioria_Um olhar arendtiano

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.36517/Argumentos.23.8

Palabras clave:

Sócrates. Critão. Tempos sombrios. Opinião da maioria. Hannah Arendt.

Resumen

As questões postas para Sócrates consistem em “guiar-se” pelo conselho dos outros para salvar a sua vida; para não se privar dos amigos e muito menos legar infelicidade para os que dispõem de dinheiro para ajudá-los entre si quando necessário: pois, qual é o valor do dinheiro quando a amizade é colocada em jogo? Sócrates não se guia pelas cabeças alheias, pois examina as próprias questões (colocadas por ele ou outros) como um provocador, ou parteiro das reflexões e pensamentos. Isso porque as respostas indicadas por Sócrates parecem um desvio de rota, ao começar um diálogo sobre a opinião da maioria, que, para Critão, é ponto significativo, e para Sócrates não, pois não devemos nos preocupar com a opinião da maioria, mas com as considerações dos melhores.

Biografía del autor/a

Daner Hornich, Centro UNISAL de São Paulo - Unidade de Americana

Possui Doutorado em filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2011) e possui mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2002). Graduado em Filosofia (1997). Atualmente é professor do Centro Universitário Salesiano de São Paulo Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Filosofia, atuando principalmente nos seguintes temas: filosofia política e ética, filosofia da educação, ciência política e sociais, antropologia filosófica e social, epistemologia, filosofia da religião. Autor do livro: Os Vestígios Filosóficos Da Revolução E O Desaparecimento Da Liberdade Politica Na Perspectiva De Hannah Arendt. Editora Prismas, 2017.

Citas

ARENDT, Hannah. Homens em tempos sombrios. Tradução Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

ARENDT, Hannah. Entre o Passado e o Futuro. Tradução Mauro W. Barbosa de Almeida. São Paulo: Editora Perspectiva, 1992.

ARENDT, Hannah. Lições sobre a filosofia política de Kant. Tradução André Duarte de Macedo. Rio de Janeiro: Relumé Dumará,1993a.

ARENDT, Hannah. A dignidade da política: ensaios e conferências. Tradução Helena Martins e outros. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1993b.

ARENDT, Hannah. A vida do Espírito: o pensar, o querer e o julgar. Tradução Antônio Abranches e Cesar Augusto R. de Almeida, Helena Martins. Rio de Janeiro: Relumé Dumará, 1995.

ARENDT, Hannah. Crise da República. Tradução Jose Volkmann. São Paulo: Editora Perspectiva, 1999.

ARISTOTELES. Ética a Nicômacos. Tradução Mario da Gama Kury. Brasília: Editora Universidade de Brasília, c1985, 1999.

BERTI, Novos estudos aristotélico III: filosofia prática. Tradução: Élcio De Gusmão Verçosa Filho. São Paulo: Edições Loyola, 2014.

BERTI, Enrico. Contradição e dialética nos antigos e nos modernos. Tradução José Bortolini. São Paulo: Paulus, 2013.

BRISSON, Luc. PRADEAU. Jean-Francois. As Leis de Platão. Tradução Nicolás Nyimi Campanário. São Paulo: Edições Loyola, 2012.

CANFORA, Luciano. Um ofício perigoso: a vida cotidiana dos filósofos gregos. Tradução de Nanci Fernandes e Maria Bertoli. São Paulo: Perspectiva, 2003.

CANFORA, Luciano. O mundo de Atenas. Tradução Frederico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

CANFORA, Luciano. Crítica da retórica democrática. Tradução Valéria Silva. São Paulo: Estação Liberdade, 2007.

CASERTANO, Giovanni. Dialética. In. Platão. Gabriele Cornelli, Rodolfo Lopes (Org.). Imprensa da Universidade de Coimbra; São Paulo: Editora Paulus, 2018. file:///C:/Users/notebook/Documents/textos%20antigos/Platao.pdf. Acesso de 02 de novembro de 2018.

CASTORIADIS, Cornelius. Sobre O Político de Platão. Tradução. Luciana Moreira Pudenzi. São Paulo: Edições Loyola, 2004.

ERLER, Michel. “Sócrates na Caverna” as argumentações como terapia das paixões no Górgias e no Fédon. In. Plato ethicus: a filosofia é vida. Maurizio Migliori, Linda M. Napolitano Valditara (org) em colaboração com Davide Del Forno. Tradução Silvana Cobuicci Leite, Élcio de Gusmão Verçosa Filho. São Paulo: Edições Loyola, 2015.

FILHO, Gérson Pereira. As múltiplas linguagens no diálogo as Leis, de Platão. A Revista de Estudos Filosóficos e Históricos da Antiguidade. IFCH-UNICAMP, n. 28 junho 2014/dezembro 2014 – Ano XIX. https://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/cpa/issue/view/101. Acesso em 06 de novembro de 2018.

GASTALDI, Silvia. O filósofo e o político: gêneros de vida rivais ou conciliáveis?. In Plato ethicus: a filosofia é vida. Maurizio Migliori, Linda M. Napolitano Valditara (org) em colaboração com Davide Del Forno. Tradução Silvana Cobuicci Leite, Élcio de Gusmão Verçosa Filho. São Paulo: Edições Loyola, 2015.

HADOT, Pierre. O que é a filosofia antiga? Tradução Dio Davi Macedo. São Paulo: Loyola, 1999.

HEGEL, G.W.F. Introdução às lições sobre a história da filosofia. Tradução José Barata-Moura. Porto: Porto editora, 1995.

KANT, Immanuel. A resposta à pergunta: “o que é o iluminismo?” Tradução Artur Morão. Covilhã: Universidade de BAEIRA Interior, 2008.

KANT, Immanuel. O conflito das faculdades. Tradução Artur Morão. Covilhã: Universidade de BAEIRA Interior, 2008.

MARTINS, António Manuel. Filosofia e Politica em Platão. In. Humanitas. Vol. XLVII – Vol. Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Instituto de Estudos Clássicos, 1995. I. file:///C:/Users/notebook/Documents/textos%20antigos/Humanitas47.1_artigo25.pdf. Acesso em 02 de novembro de 2018.

NORJOSA, Solange. Platão: a cidade das leis e o poder do rumor. In. Representações da cidade antiga: categorias históricas e discursos filosóficos. Gabriele Cornelli (Org), 2012. https://digitalis.uc.pt/pt-pt/livro/platão_cidade_das_leis_e_o_poder_do_rumor. Aceso em 29 de outubro de 2018.

OLIVEIRA, Richard R. Dimiurgia política: as relações entre a razão e a cidade nas Leis de Platão. São Paulo: edições Loyola, 2011.

PLATÃO. Fedão: sobre a alma. Tradução Carlos Alberto Nunes. Belém: EDUFPA, 2002.

PLATÃO. Teeteto, Crátilo. Tradução de Carlos Alberto Nunes. Belém: EDUFPA, 2001.

PLATÃO. Protágoras, Górgias, Fedão. Tradução de Carlos Alberto Nunes. Belém: EDUFPA, 2002.

PLATÃO. A República. J. Guinsburg organizador e tradutor. São Paulo: Perspectiva, 2006.

PLATÃO. Critão, Hipias Maior e outros. Tradução de Carlos Alberto Nunes. Belém: EDUFPA, 2007.

PLATÃO. As Leis, ou da legislação e epinomis. Tradução Edson Bini. Bauru, SP: Edipro, 1999.

PERINE, Marcelo. Princípios. In. Platão. Gabriele Cornelli, Rodolfo Lopes (Org.). Imprensa da Universidade de Coimbra; São Paulo: Editora Paulus, 2018. file:///C:/Users/notebook/Documents/textos%20antigos/Platao.pdf. Acesso de 02 de novembro de 2018.

REIS, José. O tempo de Platão a Plotino. In. Revista de História das ideias. Volume 22, 2001. file:///C:/Users/notebook/Downloads/201811521217690outfile.pdf. Acesso em 02 de novembro de 2018.

ROMANO, Roberto. O caldeirão de Medéia. São Paulo: Perspectiva, 2001.

SZLEZÁK, Thomas Alexander. Platão e as escrituras da filosofia: análise de estrutura dos diálogos da juventude e da maturidade à luz de um novo paradigma hermenêutico. Tradução Milton Camargo. São Paulo: Loyola, 2009.

TRABATTONI, Franco. Platão. Imprensa da Universidade de Coimbra; São Paulo: Editora Annablume, 2017.

VERGETTI, Mario. Ética e Politica. In. Platão. Gabriele Cornelli, Rodolfo Lopes (Org.). Imprensa da Universidade de Coimbra; São Paulo: Editora Paulus, 2018. file:///C:/Users/notebook/Documents/textos%20antigos/Platao.pdf. Acesso de 02 de novembro de 2018.

WOLF, Ursula. A Ética a Nicômaco de Aristóteles. Tradução de Enio Paulo Giachini. São Paulo: Edições Loyola, 2010.

Publicado

2020-04-19

Número

Sección

Artigos