RESISTÊNCIA DO MEXILHÃO Perna perna A ALTAS TEMPERATURAS E SUA RELAÇÃO COM A CONTAMINAÇÃO BACTERIOLÓGICA1

Autores

  • Marcelo Barbosa Henriques Pesquisador Científico, CAPTA Pescado Marinho, Instituto de Pesca, Santos, SP
  • Orlando Martins Pereira Pesquisador Científico, CAPTA Pescado Marinho, Instituto de Pesca, Santos, SP
  • Helcio Luis de Almeida Marques Pesquisador Científico, Instituto de Pesca, São Paulo, SP

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v40i1.6144

Palavras-chave:

moluscos bivalves, mexilhão Perna perna, TM (50), temperatura.

Resumo

O mexilhão Perna perna é uma espécie comum na costa brasileira, sendo muito abundante entre o Rio de Janeiro e Santa Catarina. A temperatura é o fator ambiental abiótico que mais varia no mar, constituindo uma importante barreira para a distribuição das espécies, por apresentar envolvimento direto nos processos fi siológicos básicos dos animais marinhos. O objetivo desse trabalho foi determinar a resistência do mexilhão P. perna a altas temperaturas e sua possível relação com a contaminação bacteriológica. O estudo foi desenvolvido no costão da Ilha de Urubuqueçaba, município de Santos - SP, local mais abrigado e sob infl uência de contaminação bacteriológica, e no costão da Praia do Guaraú, município de Peruíbe - SP, local mais exposto à ação das ondas e isento de contaminação. Para a determinação da resistência a altas temperaturas, foram realizados experimentos em duplicata nos meses de janeiro e julho de 2001, utilizando quatro tratamentos (29,5ºC, 31,0o C, 32,5º C e 34,0ºC) com quatro repetições cada. Determinou-se o tempo para que ocorresse a morte de 50% dos animais (TM 50) e também o número de animais mortos em cada parcela após um tempo fi xo de exposição. Os resultados indicaram que mexilhões provenientes de Urubuqueçaba apresentaram menor resistência a altas temperaturas que os de Guaraú. Isto pode ser um indicativo de que a contaminação bacteriológica afeta a resistência dos moluscos, mesmo considerando as diferentes condições oceanográfi cas de abrigo dos costões rochosos nos dois locais estudados.

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Publicado

2007-07-01

Edição

Seção

Artigos originais