BIOTURBAÇÃO NOS SEDIMENTOS CARBONÁTICOS DO ATOL DAS ROCAS (ATLÂNTICO SUL EQUATORIAL)

Autores

  • Marcelo de Oliveira Soares Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal do Ceará.
  • Valesca Brasil Lemos Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v47i1.5963

Palavras-chave:

sedimentos bioclásticos, ilhas, geobiologia, estruturas de bioturbação, Atol das Rocas

Resumo

Os sedimentos carbonáticos das ilhas oceânicas são frequentemente caracterizados pelo grande número de estruturas de bioturbação produzidas pelas  espécies marinhas e terrestres que modificam sua geomorfologia, mas existem poucos estudos  relativos às ilhas do Atlântico Sudoeste Equatorial. Dentro desse contexto, analisaram-se as estruturasde bioturbação presentes nos principais sistemas de deposição sedimentar no Atol das Rocas: ilhas arenosas, laguna e no depósito arenoso intermaré. Os resultados demonstram uma série de bioturbações originadas pela ação de táxonsterrestres, semi-terrestres e marinhos. Aves, tartarugas e crustáceos são os principais táxons nas ilhas arenosas nas zonas de supralitoral e  mesolitoral, enquanto os organismos da infauna (nematódeos, poliquetas, oligoquetas e crustáceos)e da ictiofauna são os responsáveis pela intensa bioturbação nas piscinas, laguna e no depósito arenoso intermaré. A granulometria dos sedimentos variou de areia muito fina a cascalhos, sendo a areia fina e a grossa as mais comuns nas estruturas em zonas emersas. A ilha de areia carbonática biogênica com maior extensão de área, maior diversidade biológica e menores taxas de erosão, apresentou a maior quantidade de bioturbações. As estruturas de bioturbação são fundamentais para a compreensão da geologia sedimentar e evolução do único atol do Atlântico Sul Equatorial.

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Publicado

2014-07-01

Edição

Seção

Artigos originais