DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA RELATIVA DE TUBARÕES NO LITORAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO, BRASIL

Autores/as

  • Fábio Hissa Vieira Hazin 1 Professor-Assistente do Departamento de Pesca, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Av. Dom Manuel de Medeiros, 98, Recife, PE 82171-900.
  • João Augusto de Matos Wanderley Júnior Bolsista DTI do Conselho Nacional de Desenolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no Departamento de Pesca, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Av. Dom Manuel de Medeiros, 98, Recife, PE 82171-900.
  • Sérgio Macedo Gomes de Mattos Técnico da Divisão de Recursos Pesqueiros da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), Cidade Universitária, Recife.

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v33i1-2.11804

Palabras clave:

tubarões, distribuição, abundância relativa, Estado de Pernambuco.

Resumen

A importância dos tubarões no Nordeste do Brasil cresceu enormemente na última década, tanto em relação ao seu valor pesqueiro, como em função dos problemas sócio-econômicos provocados pelo aumento na incidência de ataques a banhistas/surfistas, especialmente na costa de Pernambuco. Durante o período de dezembro de 1994 a agosto de 1995, foram realizados 10 cruzeiros de pesquisa na plataforma continental da costa pernambucana, utilizando-se como apetrecho de pesca o espinhel de fundo. Um total de oito espécies de tubarão e duas espécies de raia ocorreram nas capturas, sendo os primeiros contudo bem mais numerosos, além de responderem também pela maior parcela do peso desembarcado. Os tubarões flamengo, sucuri e lixa foram as espécies mais abundantes, tendo sido registrado também a ocorrência do tubarão tigre e do tubarão cabeça chata, espécies reconhecidamente agressivas e envolvidas no recente surto de ataques verificado nas praias da Região Metropolitana do Recife. Considerando-se o padrão de distribuição apresentado pelas espécies capturadas, pode-se dividir a plataforma continental do Estado em três grandes zonas: (1) interna, da praia até 30 m de profundidade; faixa litorânea, com elevada abundância de tubarão flamengo, raias-manteiga e bagres; (2) intermediária, entre 30 e 50 m de profundidade; faixa intermediária entre o litoral e talude, com baixa diversidade e densidade de espécies; (3) externa, entre 50 m de profundidade e a quebra da plataforma: zona próxima ao talude continental, com elevada densidade de peixes teleósteos, particurlamente lutjanídeos e serranídeos, e tubarão sucuri. A grande maioria das espécies de tubarões e raias capturadas mostraram uma forte preferência por isca de moréia, apesar do baixo esforço desenvolvido com a mesma. Dentre as iscas utilizadas em larga escala, somente o bonito apresentou índices de captura significativamente superiores para o tubarão flamengo.

Publicado

2017-05-05

Número

Sección

Artigos originais