AVALIAÇÃO DAS CONCENTRAÇÕES DE METAIS PESADOS EM SEDIMENTOS DO ESTUÁRIO DO RIO TIMBÓ, PERNAMBUCO-BRASIL

Autores/as

  • Tibério Jorge Melo de Noronha Associação Instituto de Tecnologia de Pernambuco
  • Hélida Karla Philippini da Silva Associação Instituto de Tecnologia de Pernambuco
  • Marta Maria Menezes Bezerra Duarte Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v44i2.164

Palabras clave:

metais pesados, estuários, sedimentos

Resumen

O Estuário do Rio Timbó localiza-se na Região Metropolitana do Recife, entre os municípios de Abreu e Lima, Paulista e Igarassu. Possui uma área aproximada de 1397 hectares e é afetado pela ação humana, principalmente aquela relacionada à pressão urbana e atividades industriais. Neste trabalho foram avaliados os parâmetros hidrológicos e as concentrações de metais pesados (Zn, Mn, Cr, Cu, Ni, Cd e Fe), nos períodos chuvoso e seco. Os parâmetros hidrológicos foram medidos em quatro pontos do canal principal do rio, conforme o Standard Methods for Examinations of Water and Wastewater. As amostras de sedimento foram submetidas a abertura ácida em um digestor de amostras por microondas e, para quantificação dos metais, foi utilizado um Espectrômetro de Emissão Ótica em Plasma Indutivamente Acoplado (ICP-OES). Os resultados indicaram que a água do Timbó esteve comprometida em relação aos valores de oxigênio dissolvido e à taxa de saturação de oxigênio dissolvido que indicou supersaturação na maioria das estações amostradas. Foram obtidas concentrações máximas de zinco (723 mg.kg-1), manganês (438 mg.kg-1), cromo (338 mg.kg-1) e ferro (62840 mg.kg-1) superiores aos valores de referência, inclusive apresentando teores que ultrapassaram os valores-guias adotados pelo Conselho Canadense do Ministério do Meio Ambiente, acima dos quais a ocorrência de efeitos negativos à biota é provável. Entretanto, os valores obtidos para o pH (condições redutoras) e a carga orgânica tendem a imobilizar os metais no sedimento por mecanismos de adsorção e precipitação, tornando-os menos disponíveis para outros compartimentos aquáticos.

Publicado

2011-09-01

Número

Sección

Artigos originais