IMPLICAÇÕES ETNOCONSERVACIONISTAS QUANTO AO MANEJO INFORMAL DO MARISCO Anomalocardia flexuosa (LINNAEUS, 1767) POR MARISQUEIRAS
DOI:
https://doi.org/10.32360/acmar.v52i1.40966Resumen
A mariscagem pode ser compreendida como a pesca artesanal de moluscos, onde o seu manejo pode ser realizado de forma manual ou com o auxílio de apetrechos de pesca, sendo.o principal para a região Nordeste a exploração e comercialização do marisco (Anomalocardia flexuosa). O objetivo deste trabalho foi analisar a prática do manejo informal do marisco, coletado manualmente por marisqueiras no litoral nordeste do Brasil. O local de estudo foi a.Reserva Extrativista Acaú-Goiana, situada entre os estados de Pernambuco e Paraíba. A pesquisa foi realizada durante os anos de 2017 e 2018, constando com imersões e visitas aleatórias.nas comunidades de Acaú e Carne de Vaca, usando como base a observação participante. A partir da separação em tamanhos miúdos e graúdos, adotados pelas marisqueiras,.foram realizadas medições para a altura, comprimento e largura das conchas. Ao todo foram.acompanhadas a catação e separação dos mariscos por 11 marisqueiras, totalizando 1.793 mariscos, sendo 685 miúdos (desprezados) e 1.108 graúdos. O tamanho de intersecção entre.catar ou rejeitar o marisco ocorre com os tamanhos de 18 a 20 mm para o comprimento total, o que é sustentável do ponto de vista biológico. Essa ação resulta na diminuição do processo de sobrepesca, pois os mariscos catados já estão sexualmente adultos, ou seja, já passaram pelo processo de reprodução, e os desprezados podem se reproduzir.
Palavras-chave: unidade de conservação, comunidade pesqueira, conservação, pesca artesanal.
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