REGISTROS DE CAPTURAS DE MERO Epinephelus itajara (PERCIFORMES, EPINEPHELIDAE), UMA ESPÉCIE AMEAÇADA DE EXTINÇÃO NO NORDESTE AMAZÔNICO

Autores/as

  • Luciano de Jesus Gomes Pereira Universidade Federal do Pará - Núcleo de Ecologia Aquática e Pesca da Amazônia (NEAP)
  • Suelly Cristina Pereira Fernandes Universidade Federal do Pará - Núcleo de Ecologia Aquática e Pesca da Amazônia (NEAP).
  • Carlos Eduardo Rangel de Andrade Universidade Federal do Pará - Instituto de Estudos Costeiros (IECOS)
  • Zélia Pimentel Nunes Universidade Federal do Pará - Instituto de Estudos Costeiros (IECOS)
  • Israel Hidenburgo Aniceto Cintra Universidade Federal Rural da Amazônia - Instituto Socioambiental e dos Recursos Hídricos (ISARH)
  • Bianca Bentes Universidade Federal do Pará - Núcleo de Ecologia Aquática e Pesca da Amazônia (NEAP)

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v54i1.43673

Resumen

Os meros possuem características biológicas que os tornam uma espécie altamente vulnerável à mortalidade por pesca. No Brasil, a espécie possui moratória desde 2002, sendo proibidas sua captura e qualquer forma de comercialização. Contudo, ainda são registrados desembarques na costa norte do Brasil e, desse modo, foram quantificados os reais registros de desembarques da espécie no litoral paraense, importante polo pesqueiro amazônico. Os dados foram obtidos diariamente nos portos, no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2010, por meio de entrevistas aplicadas em 13 municípios do Pará, Brasil. As embarcações foram classificadas em cinco categorias. Foi calculada a captura por unidade de esforço (CPUE) e todos os dados de esforço e volume desembarcado foram testados entre artes de pesca, tipo de embarcação e meses com testes de médias utilizando o erro de 5%. Foram contabilizadas 49,5 t de meros desembarcadas, sendo Belém o município de maior representatividade. As embarcações de destaque nas capturas de meros
foram as canoas movidas a remo e/ou a vela e a arte de pesca tipo linha/anzol. Os desembarques ocorridos demonstram que os pescadores do Norte do Brasil não têm respeitado a moratória, sendo necessários maiores esforços dos órgãos fiscalizadores ligados às ações de conscientização, sensibilização e educação ambiental das comunidades pesqueiras.

Palavras-chave: espécie ameaçada, pesca ilegal, moratória, Amazônia.

Publicado

2021-05-19