IMPACTOS AMBIENTAIS DOS CULTIVOS DE CAMARÕES MARINHOS NO NORDESTE DO BRASIL

Autores/as

  • Tereza Cristina Vasconcelos Gesteira Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal do Ceará, Av. da Abolição,3207 – Fortaleza, CE 60165-081.
  • Melquíades Pinto Paiva Departamento de Biologia Marinha da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Cidade Universitária, RJ – CEP 21944-970. Endereço para correspondência: Rua Baronesa de Poconé, 71/701, Rio de Janeiro, RJ. 22471-270.

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v36i1-2.6487

Palabras clave:

carcinicultura, meio ambiente, benefícios sócio-econômicos

Resumen

Com a estabilização da pesca em escala mundial, a aqüicultura surge como a mais importante alternativa. Entre os recursos marinhos cultivados, os camarões peneídeos representam o grupo mais promissor no Brasil. Após seu início na década de 70 do século passado, a carcinicultura marinha brasileira, passou por uma série de crises, até atingir o patamar do sétimo maior produtor mundial e líder da América Latina, em 2002, com uma produção de 60.128 t. A Região Nordeste brasileira é responsável por 96,5% dessa produção, quando se considera toda a cadeia produtiva. O tema carcinicultura tem sucitado controvertidos debates entre ambientalistas e a classe produtora. Como principiais danos, a carcinicultura causaria a destruição de manguezais, salinização de aqüíferos, poluição das áreas adjacentes pelos efluentes das fazendas, perda da biodiversidade durante a coleta de pós-larvas e escape de espécies exóticas para o ambiente natural. Todos estes pontos podem ser mitigados pela as boas práticas de cultivo, e alguns deles já não atingem os carcinicultores brasileiros, tais como a construção de viveiros em áreas de mangue e coleta de pós-larvas silvestres. É indiscutível que continuidade deste importante agronegócio depende da proteção do meio ambiente, ao qual está intimamente ligado.

Publicado

2017-03-10

Número

Sección

Artigos originais