PRIMEIRO REGISTRO DE FALSA ORCA, Pseudorca crassidens (CETACEA: DELPHINIDADE), PARA O LITORAL DO ESTADO DO CEARÁ.

Autores

  • Maria Danise Oliveira Alves Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos - AQUASIS, Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos, SESC Iparana, Praia de Iparana, Caucaia, CE 61600-000, Brasil
  • Ana Carolina Oliveira de Meirelles Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos - AQUASIS, Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos, SESC Iparana, Praia de Iparana, Caucaia, CE 61600-000, Brasil
  • Helen Maria Duarte do Rêgo Barros Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos - AQUASIS, Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos, SESC Iparana, Praia de Iparana, Caucaia, CE 61600-000, Brasil
  • Cristine Pereira Negrão Silva Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos - AQUASIS, Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos, SESC Iparana, Praia de Iparana, Caucaia, CE 61600-000, Brasil
  • Alberto Alves Campos Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos - AQUASIS, Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos, SESC Iparana, Praia de Iparana, Caucaia, CE 61600-000, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v35i1-2.30912

Palavras-chave:

Pseudorca crassidens, registro de ocorrência, Estado do Ceará.

Resumo

A falsa orca (Pseudorca crassidens) é um delfinídeo de zonas tropicais e temperaturas quentes ao redor do mundo. Sua distribuição é baseada em avistagens e, principalmente, encalhes em massa. No Brasil, a espécie possui registros baseados em encalhes e capturas acidentais em redes de pesca nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Paraíba. O presente trabalho amplia a distribuição desta espécie para o Brasil a partir de um exemplar encontrado vivo em julho de 2000 na Praia de Guajiru, distante 130 km de Fortaleza, no estado do Ceará, Nordeste do Brasil. Foram realizadas medidas biométricas e craniométricas para caracterizar a identificação da espécie. O indivíduo, um macho juvenil com 303c cm CT, apresentava padrão de coloração preto (com exceção da região ventral ligeiramente mais clara), característico para a espécie; nadadeiras peitorais estreitas, apresentando uma curva semelhante a um “cotovelo”, com extremidades agudas; nadadeira dorsal falcada, com ponta arredondada; presença de 34 alvéolos dentários grandes e a linha da boca longa e curva. O animal apresentava desorientação, perda de equilíbrio e frequência respiratória alterada, vindo a óbito poucas horas depois do resgate. Os aspectos morfológicos e fisiológicos e as medidas morfométricas encontradas confirmam a espécie, ampliando sua distribuição para o Atlântico Sul Ocidental.

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Publicado

2017-12-14

Edição

Seção

Artigos originais