CICLOS DE PRODUÇÃO E CAPACIDADE DE CARGA DOS ESTOQUES DE LAGOSTAS DO GÊNERO Panulirus NA PLATAFORMA CONTINENTAL DO ESTADO DO CEARÁ, BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.32360/acmar.v32i1-2.31368Palavras-chave:
lagostas do gênero Panulirus, ciclos de produção, capacidade de carga, produção instantânea, Estado de Ceará.Resumo
A pesca de lagostas foi avaliada quanto aos ciclos históricos de produção, produtividade do substrato de algas calcárias como habitat das lagostas Panulirus argus e Panulirus laevicauda, e sua capacidade de carga e produção instantânea. O material de análise consistiu da série históricas de dados sobre produção, esforço de pesca e CPUE, no Estado do Ceará, de 1974 a 1995. A atividade pesqueira passou por quatro fases: Desenvolvimento, Aceleração, Estabilização e Depleção e, atualmente, se encontra nesta última, caracterizada por: (a) tendência de decréscimo da produção, elevadas taxas positivas de crescimento do esforço (b = 1.814 e G = 4,1%/ano) e taxas negativas de crescimento da CPUE (b = - 0,0387 e G = - 3,7%/ano). O Estado do Ceará constitui-se no maior produtor e exportador de lagostas do Brasil, em função de características ambientais muito favoráveis ao crescimento e sobrevivência das lagostas. A plataforma continental, com 48,1% de cobertura pelo substrato de algas calcárias com uma área superficial de 23.088 km2 (27,6% do total), contém 43,5% da capacidade de carga (7.301.335 kg) e 42,9% da produção instantânea de biomassa (7.398.883 kg), com densidade de 316,3 kg/km2. As espécies P. argus e P. laevicauda participam da capacidade de carga com 68,9% e 31,1%, sendo a primeira mais abundante em áreas mais afastadas da costa, a partir da isóbata de 30 m. A capturabilidade é de 55,6%, e a intensidade de pesca e densidade ótimas são 5,1 covos/ha e 9,1 ind./ha.
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