Bens comuns, direito de propriedade e gestão: Um estudo bibliométrico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.19094/contextus.2021.71820

Palavras-chave:

revisão bibliométrica, bens comuns, direito de propriedade, gestão, evolução

Resumo

Nesta revisão bibliométrica, com os dados da Web Of Science (WOS), são descritas as principais características dos artigos científicos publicados em periódicos internacionais sobre Bens Comuns, Direito de Propriedade e Gestão. O resultado retornou 146 trabalhos e foi analisado em 12 categorias: evolução temporal da produção científica; evolução temporal do número de citações de artigos; produção por países; produção por países ligados em rede; categorias das publicações; associação entre os autores e as categorias, trabalhos mais citados; rede de citação; clusters por título; maiores citações na categoria Goverment & Law, publicações no Brasil. Verifica-se um crescente de interesse da comunidade científica na temática e a partir deste estudo outros poderão ser desenvolvidos.

Biografia do Autor

Nélida Reis Caseca Machado, Universidade Federal de Lavras

Possui graduação em Direito pela Universidade José do Rosário Vellano (2002). Pós-graduação em Direito Público pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2003), Pós-graduação em Direito Penal e Processo Penal pelo Centro Universitário do Instituto de Ensino Superior (COC -2011) e Mestre em Direito área de concentração em Constitucionalismo e Democracia pela Faculdade de Direito do Sul de Minas (FDSM-2012). Atualmente é Doutoranda em Administração no programa de pós graduação da Universidade de Lavras (UFLA) e em Ciências Ambientais, no programa de pós graduação da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) e Servidora do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais - Professora titular do Centro Universitário de Formiga (UNIFOR) e pesquisadora. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Constitucional, atuando principalmente nos seguintes temas: dignidade humana, eutanásia, direitos humanos e fundamentais, poder constituinte, emendas constitucionais, cláusula pétrea, minorias, índios, quilombolas.

José Roberto Pereira, Universidade Federal de Lavras - UFLA

Pós-Doutor em Ciências Sociais pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (2017-2018). Doutor em Sociologia, Universidade de Brasília (2000). Bolsista Produtividade em Pesquisa (PQ-2), CNPq. Orientador no Mestrado Profissional em Administração Pública, no mestrado e Doutorado acadêmico em Administração da Universidade Federal de Lavras (UFLA), e do programa de pós-graduação em Gestão de Políticas Públicas da Universidade Federal do Tocantins. Professor Titular em Administração Pública e Gestão Social da Universidade Federal de Lavras. Tem coordenado projetos de pesquisas e orientações nas áreas de democracia participativa e deliberativa, administração pública e gestão social. O foco teórico está fundamentado na abordagem da Teoria da Ação Comunicativa voltada para a construção e delimitação dos campos de pesquisa em gestão social e administração pública. Livros publicados recentemente: Gestão Pública Municipal; Diagnóstico Participativo: o método DRPE (Diagnóstico Rápido Participativo Emancipador); Gestão Social de Cooperativas. Atualmente desenvolve pesquisas sobre Gestão Social da Água

Referências

Andrade, D. C. M. (2018). Historicidade da propriedade privada capitalista e os cercamentos. Revista História: Debates e Tendências, 18(3), 408-419. https://doi.org/10.5335/hdtv.18n.3.8597

Araral, E. (2009). What explains collective action in the commons? Theory and evidence from the Philippines. World Development, 37(3), 687-697. https://doi.org/10.1016/j.worlddev.2008.08.002

Araújo, C. A. (2006). Bibliometria : Evolução histórica. Em Questao, 12(1), 11-32. https://www.redalyc.org/pdf/4656/465645954002.pdf

Assis, L. G. B. (2008). A evolução do direito de propriedade ao longo dos textos constitucionais. Revista da Faculdade de Direito, 103(0), 781. https://doi.org/10.11606/issn.2318-8235.v103i0p781-791

Basha, S. S., Shahzad, N., & Jeyaraj, R. (2011). Common best proximity points: Global optimization of multi-objective functions. Applied Mathematics Letters, 24(6), 883-886. https://doi.org/10.1016/j.aml.2010.12.043

Berger, P. L., & Luckmann, T. (2004). A construção social da realidade - Tratado de sociologia do conhecimento. Vozes.

Borges, G. S., & Carlessi, M. M. (2018). O comum: Considerações entre o enclausuramento do comum e o direito. In A. C. Wolkmer & R. S. Vieira (Orgs.). Anais do Seminário Internacional em Direitos Humanos e Sociedade. http://periodicos.unesc.net/AnaisDirH/article/view/4626

Carcello, J. V. (2009). Governance and the common good. Journal of Business Ethics, 89(suppl. 1), 11-18. https://doi.org/10.1007/s10551-008-9904-z

Chen, C. (2006). CiteSpace II: Detecting and visualizing emerging trends and transient patterns in scientific literature. Journal of the American Society for Information Science and Technology, 57(3), 359-377. https://doi.org/10.1002/asi.20317

Correia, M. O. G. (2015). Por uma crítica imanente sobre os limites das políticas públicas de direitos sociais e o Estado na produção do bem comum no modo de produção capitalista. Saude e Sociedade, 24(suppl. 1), 51-61. https://doi.org/10.1590/S0104-12902015S01005

Cruz, E. S. T., Pereira, J. R., Cruz, A. O., & Garcia, A. S. (2018). Gestão da água como common pool resource: Revisão integrativa a partir de Elinor Ostrom. Anais do SEMEAD - Seminários em Administração, São Paulo, Brasil, 21. https://login.semead.com.br/21semead/anais/arquivos/218.pdf

Cruz, M. M. (2017). O novo vocabulário do comum: Ensaio para uma leitura pós-colonial. Anais do XVII ENANPUR - Sessão temática X, São Paulo, Brasil, 17. http://anpur.org.br/xviienanpur/principal/publicacoes/XVII.ENANPUR_Anais/ST_Sessoes_Tematicas/ST%209/ST%209.1/ST%209.1-03.pdf

Dahl, A., & Soss, J. (2014). Neoliberalism for the common good? Public value governance and the downsizing of democracy. Public Administration Review, 74(4), 496-504. https://doi.org/10.1111/puar.12191

Dardot, P., & Laval, C. (2015). Propriedade, apropriação social e instituição do comum. Tempo Social, 27(1), 261-273. https://doi.org/10.1590/0103-207020150114

Dardot, P., & Laval, C. (2017). Comum: Ensaio sobre a revolução no século XXI. Boitempo.

Davis, J. (2004). Baking for the common good: a reassessment of the assize of bread in medieval England. The Economic History Review, 57(3), 465-502. http://www.jstor.org/stable/3698543

Debarbieux, B., & Price, M. F. (2008). Representing mountains: From local and national to global common good. Geopolitics, 13(1), 148-168. https://doi.org/10.1080/14650040701783375

Dowbor, L., Esteves Rodrigues, A., & Panez Pinto, A. (2018). Reapropiaciones de los bienes comunes: Miradas críticas en torno a la gobernanza hídrica. Revista Rupturas, 8(2), 33-57. https://doi.org/10.22458/rr.v8i2.2112

Duke, G. (2016). The weak natural law thesis and the common good. Law and Philosophy, 35, 485-509. https://doi.org/10.1007/s10982-016-9270-4

Duke, G. (2017). Political authority and the common good. Political Studies, 65(4), 877-892. https://doi.org/10.1177/0032321717690767

Gao, H., & Lim, C. L. (2008). Saving the WTO from the risk of Irrelevance: The WTO dispute settlement mechanism as a “common good” for RTA disputes. Journal of International Economic Law, 11(4), 899-925. https://doi.org/10.1093/jiel/jgn036

Glesener, T. (2017). Can a common good be held in a pig? Ordinary conflicts over the ownership of assets of the souls in eighteenth century Spain. Politix, 119, 53-78. https://doi.org/10.3917/pox.119.0053

Gostin, L. O., & Hodge, J. G. (2002). Personal privacy and common goods: a framework for balancing under the national health information privacy rule. Minnesota Law Review, 86(6), 1439-1479. https://doi.org/10.2139/ssrn.346506

Gostin, L. O., Hodge, J. G., Introdu, R., Guar, A., Tomas, U. S., Tom, U. S., Konstanz, U., Cat, U., Claros, A. R., Cat, U., Guarin Ramírez, E. A., & Rojas Claros, A. (2018). Solidaridad, política social asistencial y bien común. Minnesota Law Review, 19(38), 1439-1479. https://doi.org/10.29375/01240781.2840

Hardin, G. (1968). The tragedy of the commons. Science, 162(3859), 1243-1248. https://doi.org/10.1126/science.162.3859.1243

Martins, B. C. (2011). Autoria, propriedade e compartilhamento de bens imateriais no capitalismo cognitivo. Liinc em Revista, 7(2), 358-374. https://doi.org/10.18617/liinc.v7i2.423

Melé, D. (2009). Integrating personalism into virtue-based business ethics: The personalist and the common good principles. Journal of Business Ethics, 88(1), 227-244. https://doi.org/10.1007/s10551-009-0108-y

Murphy, T. (2017). Justice and the common good in dispute resolution discourse in the United States and the People’s Republic of China. Law and Development Review, 10(2), 305-339. https://doi.org/10.1515/ldr-2017-0016

Ostrom, E. (1990). Governing the commons: The evolution of institutions for collective action. Cambrigde University Press.

Pinheiro, V. S., & Neiva, H. L. M. (2019). Razão prática, direito e bem comum na teoria da lei natural de John Finnis. Revista Quaestio Iuris, 12(2), 240-265. https://doi.org/10.12957/rqi.2019.39074

Prado, J. W., Alcântara, V. C., Carvalho, F. M., Vieira, K. C., Machado, L. K. C., & Tonelli, D. F. (2016). Multivariate analysis of credit risk and bankruptcy research data: A bibliometric study involving different knowledge fields (1968–2014). Scientometrics, 106(3), 1007-1029. https://doi.org/10.1007/s11192-015-1829-6

Ramis, Á. O. (2017). Bienes comunes y democracia. LOM ediciones.

Renault, R. (2017). Refusing to pay taxes, defining the common good: Tax resistance and ordinary politics in eighteenth century Germany. Politix, 119, 79-100. https://doi.org/10.3917/pox.119.0079

Saidel, M. (2017a). Definiendo lo común en la era neoliberal: Entre la expropiación y la institución de comunes. Millcayac: Revista Digital de Ciencias Sociales, 4(6), 225-252.

Saidel, M. (2017b). La tragedia de los comunes revisitada: De la teoría formal a las formas históricas de desposesión. Temas y Debates, 33, 163-184. https://doi.org/10.35305/tyd.v0i33.359

Santos, B. S. (2020). A Cruel Pedagogia Do Vírus. Edições Almedina S/A.

Silveira, S. A., & Savazoni, R. T. (2018). The concept of the commons: Introductory notes. Liinc em Revista, 14(1), 5-18. https://doi.org/10.18617/liinc.v14i1.4150

Soma, K., & Vatn, A. (2014). Representing the common goods - Stakeholders vs. citizens. Land Use Policy, 41, 325-333. https://doi.org/10.1016/j.landusepol.2014.06.015

Tonucci, J. B. M., Filho. (2017). Comum urbano: A cidade além do público e do privado (Tese de Doutorado). Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil. https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/IGCC-B9BM6M

Tosun, J., Koos, S., Shore, J., Tosun, J., Koos, S., & Shore, J. (2017). Co-governing common goods : Interaction patterns of private and public actors. Policy and Society, 35(1), 1-12. https://doi.org/10.1016/j.polsoc.2016.01.002

Tseng, Y. J., Hopfinger, A. J., & Esposito, E. X. (2012). The great descriptor melting pot: Mixing descriptors for the common good of QSAR models. Journal of Computer-Aided Molecular Design, 26(1), 39-43. https://doi.org/10.1007/s10822-011-9511-4

Vieira, M. S. (2014). Os bens comuns intelectuais e a mercantilização (Tese de Dourado). Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-01102014-104738/pt-br.php

Wolkmer, M. D. F. S., & Ferrazzo, D. (2018). The paradox of development: Environmental law and common goods in capitalism. Veredas do Direito, 15(33), 163-189. https://doi.org/10.18623/rvd.v15i33.1269

Downloads

Publicado

2021-11-29

Como Citar

Machado, N. R. C., & Pereira, J. R. (2021). Bens comuns, direito de propriedade e gestão: Um estudo bibliométrico . Contextus – Revista Contemporânea De Economia E Gestão, 19, 359–373. https://doi.org/10.19094/contextus.2021.71820

Edição

v. 19: jan/dez 2021

Seção

Artigos

Licença

 

Os autores, no ato da submissão, aceitam a declaração abaixo:

Nós autores mantemos sobre nosso artigo publicado os direitos autorais e concedemos à revista Contextus o direito de primeira publicação, com uma licença Creative Commons na modalidade Atribuição – Não Comercial 4.0 Internacional, a qual permite o compartilhamento com reconhecimento da autoria e da publicação inicial nesta revista.

Temos ciência de estarmos autorizados a assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), também com reconhecimento tanto da autoria, quanto da publicação inicial neste periódico.

Atestamos que o artigo é original ou inédito, não foi publicado, até esta data, em nenhum periódico brasileiro ou estrangeiro, quer em português, quer em versão em outra língua, nem está encaminhado para publicação simultânea em outras revistas.

Sabemos que o plágio não é tolerado pela revista Contextus e asseguramos que o artigo apresenta as fontes de trechos de obras citadas, incluindo os de qualquer trabalho prévio produzido e publicado pelos próprios autores.