A análise do discurso como estratégia de pesquisa no campo da Administração: Uma visão global
DOI:
https://doi.org/10.19094/contextus.2023.88619Palavras-chave:
análise do discurso, estudos organizacionais, estratégia de pesquisa, administração, ensaio teóricoResumo
Este ensaio constitui uma reflexão sobre a Análise do Discurso (AD), que vem ocupando um espaço cada vez mais significativo nos estudos organizacionais em geral e na administração em particular. Ele inicia-se com a apresentação de suas correntes principais, uma divisão metodológica que delimita orientações distintas tanto no campo teórico quanto no prático. Toma-se como ponto de partida no embasamento teórico as contribuições de Saussure. Posteriormente, as teorias de atos de fala, ou pragmáticas, assim como as teorias de enunciação e o conceito de destinaridade são brevemente explorados, como forma de fixar um referencial que guie o leitor e o permita compreender a premência de se submeter o discurso da administração às indiscretas lentes da AD.
Referências
Alvenson, M., & Deetz, S. (1996). Critical theory and postmodernism approaches to organizational studies. In S. Clegg, C. Hardy & W. Nord (Eds), Handbook of organization studies (pp. 191-217). London: Sage.
Ballalai, R. (1989). Notas e subsídios para a análise do discurso: uma contribuição à leitura do discurso da administração. Fórum Educacional, 13(1-2), p. 56-80.
Bourdieu, P. (1983). Esboço de uma teoria prática. In R. Ortiz (Org.), Pierre Bourdieu: sociologia (pp. 46-81). São Paulo: Ática.
Bryman, A. (1992). Research methods and organization studies. 2. ed. London: Routledge.
Carvalho, C. (1984). Para compreender Saussure. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora Rio.
Daudi, P. (1986). Power in the organisation: the discourse of power in managerial praxis. Oxford: Basil Blackwell.
Feynman, R. (1976). Los Alamos from below. Engineering and Science, 39, 28-43.
Foucault, M. (1966). Les Mots et les Choses. Paris: Gallimard.
Foucault, M. (1969). L’Archéologie du Savoir. Paris: Gallimard.
Gadet, F. (1982). L’analyse de discourse et l’ “interprétation”. Drlva, 27, 107-133.
Gitlin, T. (1989). Postmodernism: roots and politics. In I. Angus & S. Jhally (Eds.), Cultural politics in contemporary America (pp. 347-360). New York: Routledge.
Hardy, C., & Clegg, S. (1996). Some dare call it power. In S. Clegg, C. Hardy & W. Nord (Eds.), Handbook of organization studies (pp. 622-641). London: Sage.
Hjemslev, L. (1966). Le 0langage. Paris: Minuit.
Hofstede, G. (1980). Culture’s consequences: international differences in work-related values. London: Sage.
Jenkins, R. (1992). Pierre Bourdieu. London: Routledge.
Knights, D., & Morgan, G. (1991). Strategic discourse and subjectivity: towards a critical analysis of corporate strategy in organizations. Organization Studies, 12(2), 251-73.
Linstead, S. (1994). Deconstruction in the study of organizations. In J. Hassard & M. Parker (Eds.), Postmodernism and organizations (pp. 49-70). 2. ed. London: Sage.
Maingueneau, D. (1997). Novas tendências em análise do discurso. 3. ed. Campinas: Pontes.
Martin, J., & Frost, P. (1996). The organizational culture war games: a struggle for intellectual dominance. In S. Clegg, C. Hardy & W. Nord (Eds.), Handbook of organization studies (pp. 599-621). London: Sage.
Meyer, M. (1982). Logique, langage, et argumentation. Paris: Hachette.
Molinas, A. (1991). A modernidade, a análise do discurso e a dispersão do sujeito. Letras de Hoje, 84(1), 20-60.
Pêcheux, M. (1984). Sur les contextes épistémologiques de l’analyse de discours. Mots. Les Langages du Politique, 9, 7-17.
Pereira, A. (1991). Uma introdução à análise do discurso. Letras de Hoje, 84(1), 7-20.
Reed, M. (1996). Organizational theorizing: a historically contested terrain. In S. Clegg, C. Hardy & W. Nord (Eds.), Handbook of organization studies (pp. 31-56). London: Sage.
Saussure, F. (1968). Cours de Linguistique Générale. Paris: Payot.
Saussure, F. (1987). Curso de linguística geral. 13. ed. São Paulo: Cultrix.
Whipp, R. (1996). Creative deconstruction: strategy and organizations. In S. Clegg, C. Hardy & W. Nord (Eds.), Handbook of organization studies (pp. 261-275). London: Sage.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista: apenas para a 1a. publicação
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores, no ato da submissão, aceitam a declaração abaixo:
Nós autores mantemos sobre nosso artigo publicado os direitos autorais e concedemos à revista Contextus o direito de primeira publicação, com uma licença Creative Commons na modalidade Atribuição – Não Comercial 4.0 Internacional, a qual permite o compartilhamento com reconhecimento da autoria e da publicação inicial nesta revista.
Temos ciência de estarmos autorizados a assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), também com reconhecimento tanto da autoria, quanto da publicação inicial neste periódico.
Atestamos que o artigo é original ou inédito, não foi publicado, até esta data, em nenhum periódico brasileiro ou estrangeiro, quer em português, quer em versão em outra língua, nem está encaminhado para publicação simultânea em outras revistas.
Sabemos que o plágio não é tolerado pela revista Contextus e asseguramos que o artigo apresenta as fontes de trechos de obras citadas, incluindo os de qualquer trabalho prévio produzido e publicado pelos próprios autores.