A crítica à política em Marx

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DOI:

https://doi.org/10.30611/2014n5id5136

Resumo

O presente artigo almeja mostrar que há no pensamento de Marx uma determinação dupla da política, quer dizer, uma concepção positiva e uma negativa da política. Positivamente, a política não no sentido de uma afirmação indistinta dela, como apologia à política liberal-burguesa, mas em dois sentidos precisos: por um lado, como uma dimensão universal-humana, ineliminável ao homem e à sua comunidade, pois o homem é um ser social e político, e a política é, neste aspecto, uma atividade humana voltada para a comunidade, para o bem comum; por outro lado, numa dimensão particular, como na sociedade do capital, em que a política, mesmo limitada, deve ser realizada como protesto do homem contra a vida inumana, como instrumento, como ferramenta, para a emancipação universal ou humano-social. Negativamente, no sentido de ressaltar os limites de uma determinada forma de política, da política democrático-burguesa, ou seja, as restrições da política no interior da sociedade do capital, pois que ela não é onipotente, absoluta, que não pode resolver as mazelas do capital sem a negação do próprio capital e de suas formas de sustentação, como a exploração do trabalho alheio, a propriedade privada, o Estado e democracia representativo-burguesa.

Biografia do Autor

Eduardo F. Chagas, Universidade Federal do Ceará

Doutor em Filosofia pela Universität Kassel (2002). Professor Associado III do Curso de Filosofia e do Programa de Pós-graduação em Filosofia da UFC. Professor colaborador do Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira da UFC.

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Publicado

2016-10-06