Crítica à desconstrução política na pós-modernidade
DOI:
https://doi.org/10.30611/2014n5id5138Resumo
A explosão de protestos políticos, de demandas sociais diversas no mundo e, mais recentemente, no Brasil, traz à tona o grito da insatisfação social e o questionamento acerca da capacidade da política em resolver os conflitos e contradições latentes na base da sociedade. De forma geral, a estrutura da política nacional repousa no reconfortante modelo de democracia que se realiza em base estritamente eleitoral. O tipo de representação política que esta nos oferta realiza-se tão somente no ato do voto, na união pelo consenso, na distribuição e rodízio entre partidos, cargos e rostos que se alternam no rateio dos postos do poder. Espremida entre o poder do capital e o interesse do povo, a política se deflagra com a paradoxal urgência de dar vazão aos interesses da população, suas reflexões, debates e horizontes na vida social ou, na contramão dos interesses sociais, seguir fielmente a agenda do capital. A solução desse impasse não comporta caminhos fáceis. E a mera luta política, de fato, é insuficiente ao enfrentamento dessas questões. O Estado, na liderança do desenvolvimento econômico e como a principal base material de sustentação do sistema sociometabólico do capital, sempre agirá em sua defesa, restando pouca margem às promessas políticas de conquistas reais para a classe trabalhadora. É nessa perspectiva que se buscará a compreensão do papel da política na prática social. Para tanto, no estudo, ainda que este se insira na perspectiva das contradições entre as classes sociais, da dominação capital-trabalho como expoentes determinantes da lógica que preside às relações sociais, pretende-se debater a ressonância da chamada “condição pós-moderna” nas várias dimensões da vida cotidiana e na atividade política contemporânea. Em face da sua influência nas áreas do saber e da cultura, tratar-se-á aqui da sua retórica política, que insiste na deslegitimação, na fragmentação e dissolução do sujeito social. São autores que subsidiam a referida investigação: Mészáros (2009, 2007, 2004), Marx (2008, 1964, 1976), Jameson (1996), Anderson (1999) e Lyotard (2009).Downloads
Publicado
2016-10-06
Edição
Seção
Dossiê Pós-Modernidade e Formação Humana em Debate
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