Filosofia política, direitos humanos e lutas minoritárias: algumas breves e sumárias considerações
DOI:
https://doi.org/10.30611/2014n5id5141Resumo
O artigo centra-se na problemática que enlaça biopolítica, direito e resistência em nossopresente, limitando-se, contudo, a tecer apenas algumas breves e sumáriasconsiderações sobre filosofia política, direitos humanos e lutas minoritárias. Inicialevantando algumas questões consideradas relevantes para que se possa pensar, no quetange a essa problemática, possíveis implicações da educação. Tomando como exemploo caso das manifestações que varreram as ruas do Brasil, de junho a outubro do anopassado, assim como alguns efeitos dos protestos contra a Realização da Copa doMundo em 2014, tais indagações questionam o modo como os movimentos minoritáriosconcebem o papel do direito em suas lutas políticas de resistência. Trata-se de sondar,mais especificamente, se tais movimentos privilegiam uma ação política que valoriza,por exemplo, os direitos humanos (via jurídico-política) como estratégia importante emsuas lutas políticas de resistência, ou se, ao contrário, se eles demonstram não apostarmuito num ativismo de cunho jurídico-político e/ou jurídico-filosófico. Em seguida,levanta a possibilidade de a referida problemática vir a ser explorada mediante umdiálogo inventivo e, talvez, inusitado, com filósofos como Michel Foucault e GillesDeleuze, os quais não costumavam demonstrar maiores entusiasmos com as lutas emfavor dos direitos humanos. Levanta-se também a possibilidade de que alguns impassesaí observados talvez se devam ao fato de a relação entre biopolítica, direito e resistênciaser comumente abordada por um tipo de análise filosófico-política ancorada narepresentação clássica, motivo pelo qual comenta algumas formulações de NorbertoBobbio sobre filosofia política, poder e política, tomando esse autor como um exemplode desvalorização de uma micropolítica.Downloads
Publicado
2016-10-06
Edição
Seção
Artigos Fluxo Contínuo
Licença
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