Educação Profissional: a normalização biopolítica da subjetividade do trabalhador

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DOI:

https://doi.org/10.30611/2012n1id5156

Resumo

O presente artigo realiza uma investigação teórica sobre as condições de existência da subjetividade produtiva e suas implicações com a relação entre o trabalho e a educação, tendo como contexto histórico da transição da sociedade industrial para a sociedade pós-industrial, adotando-se um referencial teórico fundamentado no pensamento de Karl Marx e Michel Foucault. Com base na filosofia de Marx a existência da subjetividade produtiva está diretamente relacionada com a forma de produção, porém sua abordagem sobre a subjetividade, enquanto consciência do trabalhador, não é limitada pelo determinismo economicista, mas ampliada para uma ontologia do ser social. A transição para sociedade pós-industrial promove a emergência de crescente hegemonia qualitativa do trabalho imaterial, os quais associados ao processo de reestruturação produtiva conformam novas condições de existência subjetiva, uma existência biopolítica da subjetividade produtiva, a qual é analisada segundo o conceito de Biopolítica de Foucault. O texto é finalizado com uma sucinta análise no modelo das competências como um exemplar dispositivo de normalização subjetiva da sociedade pós-industrial.

Biografia do Autor

Samuel Brasileiro Brasileiro Filho, IFCE

Professor do IFCEMestre em Computação AplicadaDoutorando em Educação

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Publicado

2013-01-24