MÍMESIS, A FONTE: ENTRE O TAMPO DA EDUCAÇÃO E O VÉU DA ARTE
DOI:
https://doi.org/10.30611/2020n17id60612Palavras-chave:
Mímesis, Arte, Educação, Realidade, Imaginação primeiraResumo
O presente trabalho, concebido no enclave entre uma filosofia da técnica e a preocupação com um projeto de educação menos comprometido com as forças tradicionais do princípio de identidade, visa estudar o fenômeno da mímesis a fim de concebê-lo como uma espécie de “fonte” de onde pode jorrar tanto a arte quanto a educação. Começa-se por um questionamento do conceito herdado de “realidade”; estuda as concepções de Platão e Aristóteles acerca da mímesis, sugere um conceito de mímesis como “imaginação primeira” ou nexo entre a arte e a natureza, até vir a se dedicar a uma meditação mais atenta à feição própria desse “nexo”, que, originário, só pode ser algo como um não-nexo de onde se pode haurir todas as conexões passíveis de virem a ser feitas entre arte e natureza. Isto é, nesse texto tocamos, quiçá, pela primeira vez naquele conceito que viria a ser central em nosso pensamento, e que aqui somente alusivamente o designamos pelo termo “divino”, compreendido não como realidade extra-humana ou transcendente, mas como elemento próprio – imanente – do ser humano.
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