MATERNIDADE POLÍTICA: TRAJETÓRIAS DE VIDA, EDUCAÇÃO E LUTAS POR DIREITOS
DOI:
https://doi.org/10.30611/2020n20id62756Palavras-chave:
Maternidade, Mulher, Educação, Paralisia CerebralResumo
O presente artigo trata da trajetória de quatro mulheres e mães que têm filhos com paralisia cerebral, salvo uma, que ela própria tem PC[1]. Suas vidas, valores, aprendizagens e experiências mudaram significativamente quando os filhos nasceram. Enfrentando grandes desafios diários e valorizando todas as conquistas, elas tiveram que lutar para garantir direitos, respeito e oportunidades. O desejo de acessar a escola as levou ao encontro de ideias, estratégias de resistência, experiências comuns e a descoberta de força. A Educação foi, inicialmente, o fator agregador e impulsionador que as motivou. A inexistência ou insuficiência da atuação do poder público, a ignorância, os preconceitos, a violência e os estigmas, constituíram-se as principais barreiras presentes nas vidas dessas mulheres e de suas filhas e filhos. A pesquisa, aqui apresentada, tem o objetivo de trazer narrativas que revelam sentimentos, resistência, interesses e desejos. As quatro mulheres e mães participantes da pesquisa, foram entrevistadas no período da pandemia de 2020, de maneira remota e através de videochamada. Para embasar as discussões e articulações teóricas, foram utilizados dentre outros, os/as autores/as: Guacira Louro (2019) refletindo sobre o corpo e identidade; David Le Breton (2013) para pensar o corpo sob uma perspectiva antropológica; Andrew Solomon (2013) com a percepção da relação pais, filhos e a identidade; Elisabeth Badinter (1985) e a reflexão sobre maternidade e amor materno; Maria Tereza Mantoan (2003) e a educação inclusiva; Naomi Wolf (2020) trazendo as construções históricas sobre beleza.
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