“O PRIMADO DA TOTALIDADE” EM LUKÁCS: UM DEBATE À LUZ DA HERANÇA MARXIANO-HEGELIANA

Autores

  • Antonio Marcondes dos Santos Pereira
  • Bruno Alysson Soares Rodrigues
  • Eduardo Ferreira Chagas

DOI:

https://doi.org/10.30611/2021n21id70909

Palavras-chave:

Totalidade, Dialética, Pensamento, Realidade, Tradição marxiano-hegeliana

Resumo

Nosso objetivo no presente artigo é analisar como a categoria da totalidade é compreendida por Lukács à luz da influência de Hegel e Marx, bem como, as controvérsias suscitadas no âmbito da tradição do pensamento marxista. Como um legatário da tradição “marxiano-hegeliana”, Lukács sempre reclamou “o primado da totalidade” sobre as partes que a compõem. Em História e consciência de classe, o filósofo húngaro critica o mundo reificado da sociedade capitalista e sua fragmentação, nesse sentido, enxerga na consciência do proletariado a possibilidade concreta de um conhecimento que apreenda a totalidade da vida social, entretanto, essa interpretação foi fortemente marcada pela influência hegeliana, o que significa que é a subjetividade, a consciência, o pensamento lógico que prevalece na análise crítica do real. Já na sua Ontologia do ser social, de influência decididamente marxiana, a preponderância do fator ontológico da realidade na fundamentação do método dialético é o que confere às suas interpretações um caráter radicalmente histórico-concreto, ou seja, o ponto de partida é a realidade objetiva.

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Publicado

2021-04-30

Edição

Seção

Artigos Fluxo Contínuo