UMA BREVE INVESTIGAÇÃO SOBRE O ETHOS CIENTÍFICO EM UM MUNDO HIPERMODERNO
DOI:
https://doi.org/10.30611/2021n23id71851Palavras-chave:
Hipermodernidade, Cultura, Progresso CientíficoResumo
Ao tratar do ethos científico, o artigo tenciona discutir os novos sentidos hipermodernos que dirigem a conduta social e, por conseguinte, o “fazer científico”, por vezes limitado à prática experimental que prescinde das discussões prévias sobre suas condições sociais. Não se pretende subalternar a ciência, enquanto corpo de conhecimento, à mera condição de algo dependente do caráter social em que se encontra nem reduzir e converter a ciência a questões sociológicas, mas de destacar como o ethos científico, produto de seu contexto social e, desse modo, posterior a todo um movimento primariamente humano, pode alterar o que entendemos por ciência. Com isso, esse trabalho pretende não discorrer sobre o que é a ciência, afinal, ou sobre as estruturas que compõem as revoluções científicas, mas sobre as condições sociais e os valores intrínsecos a novas urgências, sem, no entanto, provocar a redução ingênua da metodologia científica ao que se destacou aqui como “ethos científico”.
Referências
CHALMERS, A. F. O que é ciência, afinal? Tradução de Raul Fiker. São Paulo: Brasiliense, 1993.
_____. a fabricação da ciência. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1994.
HUME, D. Investigações sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral. São Paulo: Editora Unesp, 2004.
FREITAS, R. S. Sociologia do conhecimento, pragmatismo e pensamento evolutivo. Bauru, SP: EDUSC, 2003.
GIACOIA JR, Oswaldo. Nietzsche: fim da metafísica e os pós-modernos. In: Metafísica Contemporânea, por Guido Imaguire, Custódio Luis S. Almeida, Manfredo Araújo de Oliveira (Org.), p. 13-39. Rio de Janeiro: Vozes, 2007.
KOSIK, K. Dialética do concreto. Tradução de Célia Neves e Alderico Toríbio. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1986.
KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. Tradução de Beatriz Vianna Boeira e Nelson Boeira. São Paulo: Perspectiva, 2013.
LIPOVETSKY, G. A cultura-mundo: resposta a uma sociedade desorientada. Tradução de Victor Silva. Edições 70, 2010.
_____. Os tempos hipermodernos. Tradução de Mário Vilela. São Paulo: Editora Barcarolla, 2004.
_____. O império do efêmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas. Tradução de Maria Lúcia Machado. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
LIPOVETSKY, Gilles; GANITO, Carla – Entrevista a Gilles Lipovetsky. Entrevista de Carla Ganito. Comunicação & Cultura. Lisboa. ISSN 1646-4877.9 (Primavera-Verão 2010) 155-163.
NIETZSCHE, F. Obras Incompletas. Tradução de Rubens R. T. Filho. Col. Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
_____. Genealogia da Moral: uma polêmica. Tradução de Paulo César Lima de Souza. São Paulo: Companhia das letras, 1998.
SÁNCHEZ VÁZQUEZ, A. A filosofia da práxis. Tradução de Luiz Fernando Cardoso. Rio de janeiro: Paz e Terra, 1977.
_____. Ética. Tradução de João Dell’Anna. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2008.
_____. Entre a realidade e a utopia. Tradução de Gilson B. Soares. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2001.
VATTIMO, G. La fin de La modernitè: nihilisme et herméneutique dans la culture postmoderne. Traduit de L’italien par Charles Alunni. Garzanti Editore, 1985.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0), que permite o compartilhamento não comercial, sem modificações e com igual licença do trabalho, com o devido reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).