TECNÉ: DO PROJETO PROMETEICO À MODERNIDADE FÁUSTICA
DOI:
https://doi.org/10.30611/2021n23id71854Palavras-chave:
Filosofia da técnica, filosofia da tecnologia, história da tecnologiaResumo
Este texto resulta de uma pesquisa bibliográfica em perspectiva histórico-filosófica, e nele se aborda o problema da técnica e suas múltiplas interfaces. A abordagem cartográfica procura evidenciar conceitos e focar textos que permitem superar efeitos demasiado familiares, de senso comum, no tratamento das relações entre técnica, ciência e tecnologia. O percurso do trabalho tece visita às tradições clássicas de Homero e Hesíodo, seguida pela referência ao pensamento grego, que adensa uma interessante perspectiva sobre a técnica, compreendida como techné, expressão da produção poética — distinta da prática, “práxis”, e da ciência, “episteme”. Seguem registros que abrangem a conjugação entre ciência e técnica, culminando com o cenário da Modernidade Fáustica. Trata-se, portanto, de um recorte de amplo espectro que considera a técnica como forma de atividade humana, como objetos ou sistemas de objetos ou, ainda, como forma de conhecimento. Abrange, portanto, o fazer humano, homo faber; o saber, homo sapiens; o poder, homo politicus; o saber e a demência, homo sapiens-demens. Daqui resulta a compreensão de que a pesquisa do tema implica em estabelecer conexões que transversalizem múltiplos registros e discursos filosóficos, históricos, axiológicos, políticos.
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