VIDA E MORTE, PROGRESSO E UTOPIA EM HERBERT MARCUSE

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.30611/2019n14id41621

Palabras clave:

teoria crítica, grande recusa, antiracismo, feminismo, ecologia, Herbert Marcuse (1898-1979)

Resumen

Neste artigo pretendo apresentar a crítica da sociedade industrial de Herbert Marcuse, em dois movimentos. Tomando como caso particular a indústria automobilística como generalização de uma forma de vida (e de morte), assim como o debate realizado sobre esse tema na década de 1970, discutirei o lugar da Utopia no pensamento de Herbert Marcuse como base para pensar os movimentos sociais contemporâneos e a própria Teoria Crítica. Para isso, mobilizo trabalhos de pesquisadores e pesquisadoras brasileiras(os), alguns textos inéditos de Marcuse e uma série de trabalhos que permitem articular uma teoria crítica do movimento social na chave da Grande Recusa e da revolução.

Citas

Alves, Luiz Roberto. Grande ABC: culturas que excedem o lugar culturalizado. Santo André: Alpharrabio edições, 2009.
Benjamin, Walter. “Experiência e pobreza”. In.: Magia e Técnica, Arte e Política (Obras escolhidas). São Paulo: Editora Brasiliense, 1994.
Buck-Morss, Susan. Hegel e o Haiti. São Paulo: edições n -1, 2017.
Carnaúba, Maria Érbia. Marcuse e a psicanálise: teoria crítica sob a análise da teoria da repressão. Dissertação de Mestrado. Campinas: UNICAMP, 2012.
__________. Teoria Crítica e Utopia. Tese de Doutorado. Campinas: UNICAMP, 2017.
Carneiro, Silvio. R. Poder sobre a vida: Herbert Marcuse e a biopolítica. Tese de Doutorado. São Paulo: USP, 2014.
Davis, Angela. “Foreword: Abolition and Refusal”. In.: Herbert Marcuse and Contemporary Social Movements. Editado por Lamas, Andrew; Todd, Wolfson; Funke, Peter N. Filadelfia, Londres, Toquio: Temple University Pressa, 2017.
__________. “Marcuse’s Legacies”. In.: Herbert Marcuse: a critical reader. Editado por Abromeit, John; Cobb, Mark. New York: Routledge, 2004.
__________. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo editorial, 2016. Dumont, René. A utopia ou a morte. Rio de Janeiro:Paz e Terra, 1975.
Federici, Silvia. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. Tradução Coletivo Sycorax. São Paulo: Elefante, 2017.
Gonzalez, Lélia. “Racismo e sexismo na cultura brasileira”. In.: Revista Ciências Sociais Hoje, Anpocs, p. 223-244, 1984.
Gorz, André. “A ideologia social do automóvel”. In Ludd, Ned (org.). Apocalipse motorizado: a tirania do automóvel em um planeta poluído. São Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2005.
Haraway, Donna. “Manifesto ciborgue: ciência, tecnologia, e feminismo-socialista no final do século XX”. In.: Antropologia do ciborgue: as vertigens do pós-humano. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2009.
Kopenawa, Davi; Albert, Bruce. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. São Paulo: Companhia das letras, 2015.
Marcuse, Herbert. Transvaluation of values and radical social change: five lectures, 1966- 1976. Editado por: Jansen, Peter E.; Surak, Sarah; Reitz, Charles. Toronto: International Herbert Marcuse Society, York University, outubro de 2017.
__________. O homem unidimensional: estudos sobre a ideologia da sociedade industrial avançada. São Paulo: Edipro, 2015.
__________. The New Left and the 1960s. Editado por Kellner, Douglas. New York: Routledge, 2005.
__________. Eros e civilização: uma interpretação filosófica de Freud. Rio de Janeiro: Zahar, 1999a.
__________. “Algumas implicações sociais da tecnologia moderna”. In.: Tecnologia Guerra e Fascismo. Editado por Douglas Kellner. Snao Paulo: edotira UNESP, 1999b.
__________. “Ecologia e crítica da sociedade moderna”. In.: Herbert Marcuse: a grande recusa hoje. Petrópolis: Editora Vozes, 1999c.
__________. “A ecologia é revolucionária”. In.: Oitenta, número 8, p. 55-58, 1983.
__________. Contra Revolução e Revolta. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.
__________. Counter-Revolution and Revolt. Boston: Bacon Press, 1972.
__________. On Essays of Liberation. Beacon Press, 1969.
__________. Eros and Civilization: a philosophical inquiry into Freud. Boston: Bacon Press, 1966.
Marcuse, Herbert; Habermas, Jurgen; Bovenschen, Silvia; Schuller, Marianne, y otros. Conversaciones con Herbert Marcuse. Barcelona: Gedisa, 1980.
Pisani, Marilia. “Marcuse está superado? A grande recusa a Marcuse ou porque ainda é preciso falar em revolução”. In Zuin, Antonio A. S.; Franco, Renato; Lastória, Luiz A. C.. Teoria Crítica no Brasil e na América Latina. São Paulo: Nankin, 2016.
__________; Antunes, Deborah. “Rumo a um novo manifesto: um diálogo esquecido entre Herbert Marcuse e Theodor Adorno”. In.: Revista ArteFilosofia, n. 18. Ouro Preto: UFOP, 2016.
Santos, Neusa Souza. Tornar-se negro: ou, as vicissitudes da identidade do negro brasileiro e a ascensão social. Rio de Janeiro; Graal, 1983.
Steuernagel, Gertrude. “Marcuse, the Women’s Movement, and Women’s Studies”. In.: From de New Left to the Next Left. Editado por Bokina, John; Lukes, Thimoty. University Press of Kansas, 1998.
__________. “Marcuse and biotechnology”. In.: Negations, winter 1998, pp. 44-55.
Tosold, Lea. Autodeterminação em três movimentos: a politização de diferenças sob a perspectiva da desnaturalização da violência. Tese de Doutorado. São Paulo: USP, 2018.

Publicado

2019-07-17

Número

Sección

Dossiê O Pensamento de Herbert Marcuse