FUNDAMENTOS ONTOLÓGICOS DO ATO DE AVALIAR NO CONTEXTO DO CAPITALISMO EM CRISE

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.30611/2020n16id43648

Palabras clave:

Fundamentos ontológicos da avaliação, Capitalismo em crise, Estado Avaliador

Resumen

O artigo evidencia os pressupostos ontológicos que fundamentam o ato de avaliar submetido às necessidades da
avaliação nos marcos do capital. Trata-se de ensaio de natureza teórica, inspirado na tradição metodológica do
marxismo histórico e dialético. Recorremos às obras de Marx (2015); Marx e Engels (2007, 2013); Lukács
(2012, 2013); Mészáros (2002), dentre outros e de estudiosos da área de avaliação. A pesquisa permitiu
compreender que o ato de avaliar tem sua origem ontológica no trabalho e que, em sociedades de classes, a
avaliação pode configurar-se como distorcida e alienada. As políticas avaliativas num contexto de “Estado
avaliador” e “governo empresarial”, são norteadas pelo accountability. O controle crescente dos resultados,
ajusta-se à lógica do capital sustentada na competição e na meritocracia. Assim, a avaliação contribui ativamente
para a formação de um indivíduo adequado às novas exigências de produção e reprodução do capitalismo.

Citas

COYNE, Jerry Allen. Por que a evolução é uma verdade. São Paulo: JSN Editora, 2014.
DEAKON, Roger; PARKER, Ben. Educação como sujeito e como recusa. In.: SILVA,
Tomaz Tadeu (Org.). O sujeito da educação: estudos foucaultianos. Rio de Janeiro: Vozes,
2000.
DUARTE, Newton. A individualidade para-si: contribuição a uma teoria histórico-social da
formação do indivíduo. 2. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 1999.
FREITAS, Luiz Carlos de. et al. Avaliação Educacional: caminhando pela contramão. 6. ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
GUBA, Egan.; LINCOLN, Yvonna. Fourth generation evaluation. Newbury Park: Sage
Publications, 1989.
LESSA, Sergio. Mundo dos homens: trabalho e ser social. 3. ed. São Paulo: Instituto Lukács,
2012.
LUCKESI, Cipriano. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.
LUKÁCS, György. Por uma ontologia do ser social I. São Paulo: Boitempo, 2012.
LUKÁCS, György. Por uma ontologia do ser social II. São Paulo: Boitempo, 2013.
LUKÁCS, György. Prolegômenos para uma ontologia do ser social. São Paulo: Boitempo,
2010.
MÁRKUS, György. Marxismo e antropologia: o conceito de “essência humana” na filosofia
de Marx. São Paulo: Expressão Popular, 2015.
MARX, Karl. Cadernos de Paris & Manuscritos econômico-filosóficos de 1844. São
Paulo: Expressão Popular, 2015.
MARX, Karl.; ENGELS, Friedrich. A ideologia Alemã. São Paulo: Boitempo, 2007.
MARX, Karl.; ENGELS, Friedrich. O capital: crítica da economia política: Livro I: o
processo de produção do capital. São Paulo: Boitempo, 2013.
MÉSZÁROS, István. Para além do capital: rumo a uma teoria da transição. São
Paulo/Campinas: Boitempo Editorial/Editora da Unicamp, 2002.
NÓVOA, António. Prefácio. In.: Avaliar para aprender: fundamentos, práticas e políticas.
Domingos Fernandes. São Paulo: Editora UNESP, 2009.
PEREIRA, Maria Eliza M.; MARINOTTI, Miriam; LUNA, Sérgio V. de. O compromisso do
professor com a aprendizagem do aluno. In: HÜBNER, Maria Martha C.; MARINOTTI,
Miriam. Análise do comportamento para a educação: contribuições recentes. Santo André,
SP: ESETec Editores Associados, 2004.
PIAGET, Jean. Para onde vai a educação? 15. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2000.
TONET, Ivo. Educação, Cidadania e Emancipação Humana. 2. ed. Maceió: EDUFAL,
2013.
ZANARDINE, J. B. Ontologia e Avaliação da Educação Básica no Brasil (1990-2007).
2008. 208f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação,
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008.

Publicado

2020-03-27

Número

Sección

Artigos Fluxo Contínuo