ELEMENTOS PLATÔNICOS PARA UMA TEORIA CRÍTICA DA SOCIEDADE: UMA LEITURA MARCUSEANA DE PLATÃO
DOI:
https://doi.org/10.30611/2020n16id43808Palabras clave:
Teoria crítica da sociedade, Mudança Social, Lógica de dominação, Dialética platônica, EmancipaçãoResumen
O presente artigo aborda a filosofia platônica a partir da perspectiva de leitura desenvolvida pelo filósofo alemão Herbert Marcuse (1898-1979) em O homem unidimensional: estudos da ideologia da sociedade industrial avançada (1964). Com base no capítulo Pensamento negativo: a lógica derrotada do protesto, pretendemos examinar os elementos presentes na filosofia platônica que contribuem para a articulação de uma teoria crítica da sociedade, demonstrando como estes elementos apontam para uma mudança social comprometida com uma prática histórica libertadora. Nossa problemática se centra na lógica de dominação característica da sociedade industrial avançada, cujo projeto ofusca os elementos emancipatórios da razão. Daí a necessidade de resgatar, na
dialética platônica, elementos comprometidos com a emancipação do homem. Para delinear o plano de nossa proposta, utilizaremos a obra Razão e revolução: Hegel e o advento da teoria social (1941), artigos contidos em Tecnologia, guerra e fascismo (1999) e alguns diálogos platônicos, principalmente o Mênon e a República.
Citas
______. Tecnologia, guerra e fascismo: Marcuse nos anos 40. In: MARCUSE, Herbert. Tecnologia, guerra e fascismo. Tradução de Maria Cristina Vidal Borba. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1999.
KONDER, Leandro. Em torno de Marx. São Paulo: Boitempo, 2010.
MAAR, W. L. A educação pela revolução. In: Revista CULT, São Paulo, v. 127, p. 44-47, 01. ago. 2008.
MARCUSE, Herbert. Cultura e Sociedade Volume I. Tradução de Wolfgang Leo Maar, Isabel Maria Loureiro, Robespierre de Oliveira. São Paulo: Editora Paz e Terra S.A., 1997.
______. O homem unidimensional: estudos da ideologia da sociedade industrial avançada. Tradução de Robespierre de Oliveira, Deborah Christina Antunes, Rafael Cordeiro Silva. São Paulo: Edipro, 2015.
______. Razão e revolução: Hegel e o advento da teoria social. Tradução de Marília Barroso. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
______. Tecnologia, guerra e fascismo. Tradução de Maria Cristina Vidal Borba; revisão de tradução de Isabel Maria Loureiro. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1999.
______. Uma nota sobre a dialética. Tradução de Alberto Dias Gadanha. In: GADANHA, Alberto Dias. Razão e revolução: de Herbert Marcuse, por uma dialética de alteração institucional. 2014. 171 f. Tese (Doutorado em Filosofia) – Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2014.
MATOS, Olgária C. F. A escola de Frankfurt: luzes e sombras do Iluminismo. São Paulo: Moderna, 1993.
MERQUIOR, José Guilherme. Arte e sociedade em Marcuse, Adorno e Benjamin: ensaio crítico sobre a escola neo-hegeliana de Frankfurt. São Paulo: É Realizações, 2017.
PARMÊNIDES. Da Natureza. Tradução de José Trindade Santos. São Paulo: Edições Loyola, 2002.
PLATÃO. A República. 14. ed. Tradução de Maria Helena Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2014.
______. Fédon. Tradução de Carlos Alberto Nunes. Belém: Ed.ufpa, 2011.
______. Fedro. Tradução de Maria Cecília Gomes dos Reis. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2016.
______. Mênon. Tradução de Maura Iglésias. São Paulo: Edições Loyola, 2001.
PRADO JÚNIOR, Caio. Introdução à lógica dialética (notas introdutórias). 4. ed. São Paulo: Brasiliense, 1979.
REALE, Giovanni. História da filosofia: Antiguidade e idade média. 8. ed. São Paulo: Paulus, 2003.
SANTOS, J. G. Trindade. Interpretação do Poema de Parmênides. In: PARMÊNIDES. Da Natureza. Tradução de José Trindade Santos. São Paulo: Edições Loyola, 2002.
______. Para Ler Platão: a ontoepistemologia dos diálogos socráticos. Tomo I. São Paulo: Edições Loyola, 2008a.
______. Para Ler Platão: o problema do saber nos diálogos sobre a teoria das formas. Tomo II. São Paulo: Edições Loyola, 2008b.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0), que permite o compartilhamento não comercial, sem modificações e com igual licença do trabalho, com o devido reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).