FILOSOFIA E AGREMIAÇÕES LITERÁRIAS NO CEARÁ DA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX
DOI:
https://doi.org/10.30611/33n33id94060Palabras clave:
Filosofia, Literatura, CearáResumen
Na segunda metade do século XIX, o Ceará busca a modernização econômico-social e cultural, seguindo o modelo europeu. No entanto, a sociedade cearense ainda lutava contra as mazelas da seca, a fome e a peste (varíola) e carecia de uma infraestrutura educacional e acadêmica. A inserção da Filosofia em nosso Estado se dará inicialmente nas instituições religiosas católicas (Seminários), num segundo momento, nos meios eruditos, nos periódicos das agremiações literárias em atividade. Nestas agremiações se propagavam os movimentos filosóficos predominantes do século XIX, tais como Ecletismo, Positivismo e Evolucionismo. A Academia Francesa (fundada em 1872) é um marco das ideias filosóficas no Ceará, nela destacamos a figura de Rocha Lima (1855-1878), precursor do Positivismo no Ceará, junto a Capistrano de Abreu, Araripe Junior e outros, promovendo ideias liberais e progressistas no periódico maçom A Fraternidade, em confronto com a mentalidade tradicionalista católica do jornal A Tribuna Católica. Já o Clube Literário (1886) era formado por um grupo de eruditos que publicava regularmente o periódico A Quinzena (1887-1888), de cujos membros destacamos o filósofo Raimundo de Farias Brito (1862-1917). Farias Brito afirma-se como um pensador singular, representando a ânsia por um pensamento autêntico e autônomo, contrastando com os modismos intelectuais da época. Nossa pesquisa pretende resgatar a importância destas agremiações, enfatizando o lugar central que ocuparam na divulgação e debate das ideias filosóficas do final do século XIX em Fortaleza, destacando as figuras dos filósofos Rocha Lima e Farias Brito, como expoentes de destaque desses movimentos no campo da Filosofia.
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