UM BREVE TRAJETO FILOSÓFICO COM OS RACIONALISTAS CONTEMPORÂNEOS
DOI:
https://doi.org/10.30611/2024n34id94582Palavras-chave:
Racionalismo, Linguagem, Intencionalidade, Máquina, Dupla determinaçãoResumo
O objetivo deste artigo é esboçar um perfil do pensamento racionalista contemporâneo. A tarefa é realizada por meio da leitura de textos selecionados de três autores: J. Haugeland, D. Dennett e R. Brandom. E o trabalho não é feito de uma só vez, mas se desenrola em três etapas. Primeiro, a leitura de Haugeland nos dá uma caricatura do racionalismo: a máquina que joga xadrez. Daí, apoiando-se nesse esboço, a leitura de Dennett amplia os nossos horizontes, abarcando a intencionalidade das atividades práticas. Tomando esse desenho como base, a leitura de Brandom adiciona uma nova dimensão semântica ao esquema: a normatividade. Mas, ao final do trabalho, o que nós obtemos não é uma figura com linhas bem definidas – que demarca e caracteriza o pensamento racionalista contemporâneo. Isso acontece porque, durante todo o trajeto, nós alternamos as tentativas de examinar as suas fronteiras a partir de dentro e a partir de fora – examinando aquilo que os autores têm a dizer e aquilo que eles não dizem; as suas ideias e as limitações do seu ponto de vista. Assim, ao mesmo tempo em que vamos produzindo o nosso retrato, também vamos jogando luz no plano de fundo, examinando aquilo que precisa estar lá para que o racionalismo possa operar. Finalmente, concluímos o artigo apontando para esse elemento que tornaria a história mais completa, utilizando o conceito de dupla determinação.
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