AS PRÁTICAS SOCIAIS COMUNITÁRIAS E A CULTURA COMO AFIRMAÇÃO NA EDUCAÇÃO EMANCIPATÓRIA DO MST¹
DOI:
https://doi.org/10.36517/eemd.v44i89.83142Keywords:
educação do campo, educação do MST, movimentos sociais, cultura e educaçãoAbstract
O presente artigo consiste em um estudo sobre as Práticas Sociais Comunitárias (PSCs), um componente curricular integrador da parte diversificada do currículo do Ensino Médio na Escola do Campo no Assentamento Lagoa do Mineiro, em Itarema (CE). Partindo da fundamentação de filosofia da práxis, apresentada por Gramsci nos Cadernos do Cárcere, o artigo busca diálogos entre culturas como práticas de significação e aportes teórico-práticos desenvolvidos sobre o trabalho do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Educação do Campo. Nessa interação, o estudo se propõe investigar as PSCs como programa político-pedagógico que contribui para a compreensão crítica da realidade social do território e levanta contribuições sobre a participação dos estudantes na articulação da escola com as lutas do campo. Ao buscar compreender a realidade sob um
prisma gramsciano, o artigo traz como contradição a ser superada as adversidades que marcam a educação emancipatória do MST diante da conjuntura de um Estado autoritário. Desse modo, busca avaliar o efeito da experiência do MST na escola a partir das PSCs como instrumental capaz de reverberar junto aos estudantes uma formação crítica e cidadã. Trata-se de um artigo de abordagem qualitativa com investigação em material teórico, tendo como campo empírico a escola contextualizada no assentamento. Dentre os procedimentos, reúnem-se depoimentos de estudantes e educadores da escola, além de revisão bibliográfica e análises que apontam para a produção de conhecimento sobre o MST como constituidor de uma Educação do Campo possível e necessária à população do campo no Brasil
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