PROCESSOS DE SUBJETIVAÇÃO MOVIMENTADOS EM LIVROS DIDÁTICOS DE MATEMÁTICA PARA A EDUCAÇÃO DO CAMPO: DESCREVENDO E ANALISANDO O HABITANTE DESEJÁVEL DO CAMPO
Resumo
Este artigo apresenta resultados de uma investigação de doutorado que perquiriu dez livros de matemática produzidos para os anos iniciais do Ensino Fundamental da Educação do Campo que fizeram parte do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) na versão do PNLD Campo, entre os anos de 2013 e 2018. A pesquisa mapeou, descreveu e analisou os processos de subjetivação movimentados e produzidos nesses materiais. O currículo de matemática escolar, como política cultural, opera esses processos para validar, justificar e potencializar a construção de noções bem elaboradas acerca do tipo de habitante desejável para o campo. Por meio de um entendimento do livro didático como dispositivo de poder que governa a população por meio de específicas ordens temporais e discursivas, foram identificadas quatro dimensões que comportam enunciados para o governo dessa população, a saber: Estudos de Gênero, Estudos Animais, Cidadania e Trabalho. Os resultados mostram que os livros didáticos são uma eficiente ferramenta na produção e propagação de subjetividades que interessam a uma sociedade bem organizada do ponto de vista da eficiência e produtividade, ou seja, de uma racionalidade neoliberal.Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com o seguinte termo: os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0)