O fantástico e o gótico em Margarida La Rocque: a ilha dos demônios, de Dinah Silveira de Queiroz

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Resumo

Dinah Silveira de Queiroz (1911-1982), em uma carreira literária de mais de 40 anos, tem uma vasta e diversificada obra. Em seu segundo romance, Margarida La Rocque: a ilha dos demônios (1949), a protagonista homônima narra a um padre a sua trajetória, desde o nascimento precedido de uma trágica profecia até o período em que foi abandonada em uma ilha habitada somente por animais e seres estranhos. Nessa narrativa, o fantástico e o fantástico estranho, como os definiu Tzvetan Todorov em Introdução à Literatura Fantástica, surgem como elementos fundamentais. Ademais, a obra também apresenta aspectos de um dos subgêneros do fantástico: o gótico e, para além dele, um gótico feminino – elemento a partir do qual pode ser pensada a construção de uma personagem mulher que supera estereótipos literários. Assim, o objetivo desta pesquisa é apresentar de que forma essas particularidades se constroem em Margarida La Rocque. Para isso, além do já referido trabalho de Todorov, foram utilizadas como fundamentação teórica obras como The female gothic, de Diana Wallace e Andrew Smith, além de estudos brasileiros como “O sequestro do gótico no Brasil”, de Júlio França.

Biografia do Autor

Ana Cristina Steffen, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Licenciada em Letras - Língua Portuguesa e respectivas Literaturas pela PUCRS (2017) de Porto Alegre-RS. Mestre em Teoria da Literatura pela mesma universidade, bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Atualmente, doutoranda em Teoria da Literatura também pela PUCRS, bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). (CNPq).

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Publicado

2020-07-27