O Cão-Tinhoso: “é preciso que morra a tribo para que a nasça a nação” (Mondlane, 1962)

Autores

  • Vércia Conceição UFBA

Resumo

Este artigo apresenta uma das possíveis leituras para o enigma Cão-Tinhoso, da narrativa de Luís Bernardo Honwana, “Nós Matamos o Cão-Tinhoso”, presente em sua obra de mesmo nome. A narrativa se passa em Lourenço Marques, atual Maputo, no período colonial. Trata-se de uma história bastante surreal, em que as personagens são apresentadas de maneira muito parecida com as pessoas e seus respectivos papéis sociais, dentro do arranjo do sistema colonial português. O enredo gira em torno da morte de um cão – “velho” e “caindo aos pedaços”. Sua morte é almejada pelos adultos da narrativa e por parte da malta e das crianças da escola, em que Ginho e Isaura estudam. Aqui, coloco em pauta a FRELIMO e a luta pela libertação, pondo em foco a discussão sobre os projetos de nação e os diferentes anseios dos moçambicanos, a partir das figuras de Ginho e Isaura. Para essa reflexão, conto com os estudos de José Luís Cabaço (2009) e Maria Paula Meneses (2016).

Palavras-chave

Cão-Tinhoso. FRELIMO. Nação. Homem Novo.

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Publicado

2020-11-03

Edição

Seção

Estudos Literários