INTERAÇÃO UNIVERSIDADE E COMUNIDADE: POSSIBILIDADES DO TRABALHO COM DIREITOS HUMANOS
DOI:
https://doi.org/10.32356/exta.v1.n15.20305Resumen
Este artigo é fruto de uma reflexão e estudo após um trabalho realizado na disciplina Estado e Direitos Humanos no Brasil do curso de Gestão de Políticas Públicas da Universidade Federal do Ceará (UFC). A atividade foi sugerida a partir do projeto de extensão em andamento, intitulado: Mapeamento de Instituições da Comunidade do Pici para uma proposta de Educação em Direitos Humanos, coordenada pela docente da disciplina. O projeto consistia na visita a instituições na comunidade do Pici, localizada na circunvizinhança desta Universidade. Nesse contexto, esse trabalho apresenta como objetivo geral verificar a participação dos alunos nessa atividade de pesquisa e extensão. Especificamente, verificar as percepções dos alunos em relação a essa experiência e descrever suas impressões. Partindo de uma pesquisa do tipo qualitativa, a metodologia consistiu em aplicação de um questionário semi-estruturado e análise dos dados coletados. A partir dos relatos foi possível perceber quão importante são essas atividades de pesquisa e extensão para a formação profissional, pois são nelas que os alunos se deparam com a prática da teoria estudada em sala. Esse trabalho chamou atenção, por ser realizado em uma área física tão próxima da Universidade e ao mesmo tempo tão distante, que carece de um debate maior sobre os Direitos Humanos, pois estão inseridas em uma realidade social desigual, cuja maior parte dos moradores e jovens não se sente pertencentes a esse espaço e desconhece seus direitos, fato que demonstra a falta de conhecimentos para cobrar uma efetivação de seus direitos fundamentais.
Citas
“ela trabalha com o universo dos significados, dos motivos, das aspirações, das crenças, dos valores e das atitudes” (MINAYO, 2009, p. 21)
“esse conjunto de fenômenos humanos é entendido aqui como parte da realidade social, pois o ser humano se distingue não só por agir, mas por pensar sobre o que faz e por interpretar suas ações dentro e a partir da realidade vivida e partilhada com seus semelhantes.” (MINAYO, 2009, p. 21)
DESLANDES, S. F.: GOMES, R.: MINAYO, M. C. de S (Org.). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 28. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
não significa uma conversa despretensiosa e neutra, uma vez que se insere como meio de coleta dos fatos relatados pelos atores, enquanto sujeitos-objetos da pesquisa que vivenciam uma determinada realidade que está sendo focalizada. [...] Nesse sentido, a entrevista, um termo bastante genérico, está sendo por nós entendida como uma conversa a dois com propósitos bem definidos. (CRUZ NETO, 2002, p. 57)
“se relaciona aos valores, às atitudes e às opiniões dos sujeitos entrevistados” (CRUZ NETO, 2002, p. 58)
CRUZ NETO, Otávio, O trabalho de campo como descoberta e criação. In: DESLANDES, S. F.: CRUZ NETO, O.: GOMES, R.:MINAYO, M. C. de S (Orgs.). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 21. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, p. 51 -66 2002.
De acordo com Fonseca (2002), a pesquisa possibilita uma aproximação e um entendimento da realidade a investigar, como um processo permanentemente inacabado. Ela se processa através de aproximações sucessivas da realidade, fornecendo subsídios para uma intervenção no real. (GERHARDT & SILVEIRA, 2009, p. 36)
GERHARDT, T. E.: SILVEIRA, D. T (Orgs). Métodos de pesquisa. Coordenado pela Universidade Aberta do Brasil – UAB/UFRGS e pelo Curso de Graduação Tecnológica – Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural da SEAD/UFRGS. (Série Educação a Distância). – Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009. 120 p.