DE PROFUNDIS - EXPERIÊNCIAS DO LITORAL (PRESENÇA DO ESPAÇO ARQUETÍPICO NO ROMANCE PERTO DO CORAÇÃO SELVAGEM, DE CLARICE LISPECTOR)

Autores

  • Gilberto Figueiredo Martins

Resumo

As figurações literárias dos espaços privados - territórios da intimidade – têm sido reiteradamente revisitadas pela fortuna crítica da obra de Clarice Lispector. Entretanto, nos romances, contos e crônicas da escritora também não poucas vezes os espaços públicos são representados como localidades potencialmente promissoras para o desenvolvimento de processos de individuação de personagens e narradores. Calçadas, ruas, esquinas, grandes avenidas, bondes e parques são cenários privilegiados para o exercício de diferentes modos de subjetivação e formas de sociabilidade, sobretudo porque neles aumentam as chances de o sujeito se defrontar com variadas formas de encarnação da alteridade. Espacialidade arquetípica por excelência, o mar comparece em textos curtos de fundo autobiográfico e ganha destaque no romance de estréia de Clarice, Perto do coração selvagem, publicado em 1943. Privilegiando a interface Psicanálise/Estudos Literários, o ensaio apóia-se nos escritos teóricos de Melanie Klein para realizar a leitura interpretativa das imagens marítimas presentes no livro, vinculando-as ao processo de formação e de construção da subjetividade da protagonista Joana. Palavras-chave: Literatura e Psicanálise; Clarice Lispector; Melanie Klein.

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Como Citar

MARTINS, Gilberto Figueiredo. DE PROFUNDIS - EXPERIÊNCIAS DO LITORAL (PRESENÇA DO ESPAÇO ARQUETÍPICO NO ROMANCE PERTO DO CORAÇÃO SELVAGEM, DE CLARICE LISPECTOR). Revista de Letras, [S. l.], v. 1, n. 29, 2016. Disponível em: http://periodicos.ufc.br/revletras/article/view/2343. Acesso em: 25 abr. 2024.