Campanhas públicas de vacinação e filosofia da tecnologia
DOI:
https://doi.org/10.36517/2525-3468.ip.v5iespecial1.2020.43515.104-120Palavras-chave:
Filosofia da tecnologia, Campanhas de Vacinação, SarampoResumo
O trabalho é uma abordagem crítica da tecnologia de vacinação, especificamente das campanhas públicas de vacinação, com sustentação teórica da filosofia da tecnologia. A partir da indagação ‘que é a tecnologia?’, quando encontra a tecnologia como uma realidade polifacetada, apresenta as primeiras produções específicas da filosofia da tecnologia, desde uma filosofia da tecnologia na qual ferramentas e armas são entendidas como diferentes tipos de “projeções de órgãos”, a uma formulação da filosofia da tecnologia que defende a existência de um “trabalho interno” que traz à mente do inventor um conjunto de “soluções pré-estabelecidas para problemas técnicos”. Antes da existência da filosofia da tecnologia como disciplina acadêmica, algumas publicações contribuíram para a reflexão na área e se constituem como textos de referência. Foram adotados procedimentos metodológicos do tipo qualitativo, desenvolvidos através de uma revisão bibliográfica sustentada por uma série de filósofos. Esta análise apresenta como resultados reflexões e questionamentos sobre as campanhas públicas de vacinação contra o sarampo que indicam uma aproximação maior com o que é a tecnologia de vacinas e esclarecimentos sobre posicionamentos, por exemplo, na adoção de uma estratégia de saúde pública que controla uma determinada profilaxia ou na busca de tranquilidade plena para o cidadão.
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