Algoritmos como dispositivos produtores de subjetividades

um ensaio de compreensão em Michel Foucault e Gilles Deleuze

Autores

  • Jackson Medeiros Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.36517/2525-3468.ip.v5i2.2020.60269.201-211

Palavras-chave:

Dispositivo, Algoritmos, Subjetividade, Michel Foucault, Gilles Deleuze

Resumo

Caminho com Michel Foucault e Gilles Deleuze para expor compreensão, através deste ensaio, sobre o dispositivo – noção aberta pelo primeiro e que o segundo trabalha em sequência – para chegar à sociedade de controle e como isso se orienta a partir de algoritmos que se instauram como lei no ambiente digital. Esses algoritmos mantêm um componente que especifica o conhecimento a ser utilizado na solução de problemas e um elemento que determina as estratégias por que o conhecimento é usado. Isso permite o controle de sujeitos e sua fabricação a partir do uso de informações como mola de propulsão para um mercado que age através da liberdade dos usuários.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BAUMAN, Z. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

BUCHER, T. If…then: algorithmic power and politics. New York: Oxford University Press, 2018.

CHENEY-LIPPOLD, J. A New Algorithmic Identity: Soft Biopolitics and the Modulation of Control. Theory, Culture & Society, v. 28, n. 6, p. 164-181, 2011.

DELEUZE, Gilles. ¿Que és un dispositivo? In: Michel Foucault, filósofo. Barcelona: Gedisa, 1990.

DELEUZE, G. Foucault. São Paulo: Brasiliense, 1988.

DELEUZE, G. Post-scriptum sobre as sociedades de controle. In: DELEUZE, G. Conversações. 3. ed. São Paulo. Ed. 34, 2013.

FOUCAULT, M. Life: Experience and Science. In: FOUCAULT, M. Aesthetics, method, and epistemology. [S. l.], The New Press, 1988.

FOUCAULT, M. Microfísica do poder. 25. ed. Rio de Janeiro: Graal, 2012.

GILLESPIE, T. Platforms are not intermediaries. 2 GEO. L. TECH. REV., v. 198, 2018.

GUATTARI, F.; ROLNIK, S. Micropolítica: cartografias do desejo. Petrópolis: Vozes, 2005.

INTRONA, L. D. Algorithms, Governance, and Governmentality: On Governing Academic Writing. Science, Technology, & Human Values, v. 41, n. 1, p. 17-49, 2015.

KOWALSKI, R. Algorithm = logic + control. Communications of the ACM, v. 22, n. 7, p. 424–436, 1979.

LAZZARATO, M. As revoluções do capitalismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.

LESSIG, L. Code version 2.0. New York: Basic Books, 2006.

MEDEIROS, J. S. Compreensões sobre o dispositivo: da informação à via para profanação. Informação & Informação, v. 22, n. 3, p. 158-177, set./out. 2017.

MEDEIROS, J. S. Subjetividades digitais: micropolíticas info-comunicacionais e uma introdução programática. Brazilian Journal of Information Studies: Research Trends, v. 13, n. 2, p. 26-35, 2019.

MOROZOV, E. Big tech: a ascensão dos dados e a morte da política. São Paulo: Ubu, 2018.

PELBART, P. P. Vertigem por um fio: políticas da subjetividade contemporânea. São Paulo: Iluminuras, 2000.

SILVEIRA, S. A. Economia da intrusão e modulação na internet. Liinc em Revista, v. 12, n. 1, p. 17-24, 2016.

Publicado

2020-12-29

Como Citar

MEDEIROS, Jackson. Algoritmos como dispositivos produtores de subjetividades: um ensaio de compreensão em Michel Foucault e Gilles Deleuze. Informação em Pauta, [S. l.], v. 5, n. 2, p. 201–211, 2020. DOI: 10.36517/2525-3468.ip.v5i2.2020.60269.201-211. Disponível em: http://periodicos.ufc.br/informacaoempauta/article/view/60269. Acesso em: 29 mar. 2024.