Graffiti
um desafio ao discurso patrimonial
DOI:
https://doi.org/10.36517/2525-3468.ip.v7i00.2022.81118.1-20Palabras clave:
Graffiti, Patrimônio, Memória, Patrimônio Imaterial, Organização do ConhecimentoResumen
O graffiti trata-se de uma manifestação cultural que se estabelece no século XX como forma de expressão de grupos marginalizados nos meios urbanos. O processo de patrimonialização, refere-se ao meio institucional de legitimação das memórias de grupos delimitados pelo tempo e espaço. Neste texto, procura-se reconhecer as potencialidades do graffiti enquanto bem patrimonial. Para tanto, utiliza-se de revisão bibliográfica, com o intuito de definir as noções de graffiti, patrimônio e memória. Ressalta-se que os procedimentos técnicos da patrimonialização não neutralizam as políticas de seleção de seus bens requerentes, esses definidos a partir de uma disputa de poder. Em suma, o graffiti corresponde à expressão de valores marginalizados da cidade e sua preservação, enquanto discurso patrimonial, é possível a partir da criação de normativas que consideram manifestações culturais como patrimônio imaterial relevante à memória local e nacional.
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