Tecnologias digitais e análise do regime de informação para a promoção da saúde coletiva
DOI:
https://doi.org/10.32810/2525-3468.ip.v3iEspecial.2018.39711.9-29Palavras-chave:
Tecnologias digitais, Regime de informação, Saúde coletivaResumo
São complexos e múltiplos os recursos e fluxos informacionais que cotidianamente visam a vincular o atendimento à saúde, com as expectativas e necessidades da população brasileira. As tecnologias digitais são competentes para processar e transladar todas as linguagens, mas mediadas por códigos, normas e padrões. Elas tanto inscrevem suas lógicas operacionais sobre os contextos em que atuam, como são contaminadas pelas demarcações regulatórias organizacionais. O desenho e implementação das tecnologias digitais estará condicionado pela pluralidade de tempos e agências locais que devem ser articulados, além de todos os desafios culturais, econômicos e políticos, próprios de um macro sistema de saúde pública. Nesse quadro, são propostas teorias sobre regimes de informação, considerando que sua flexibilidade, transversalidade e pluralismo epistemológico, ofereceriam maior liberdade analítica e descritiva. do ponto de vista da reconstrução de ações, sistemas e, recursos de informação e de paradigmas de políticas tecnológicas. Como cuidado e fortalecimento das premissas democráticas, cabe lembrar que o sucesso da implementação das tecnologias de informação e suas possibilidades inovadoras, requer mais que o acesso e a transparência das informações, um processo continuo de aprendizagem crítico sobre modelos, fontes e dispositivos de informação em e para a saúde, sua produção, efeitos e validade. Esse processo de aprendizagem deve incluir a todos, os desenvolvedores de política e os gestores, os pesquisadores e os profissionais da clínica, mas muito especialmente o cidadão-usuário e protagonista do SUS.Downloads
Referências
AANESTAD, M. et al. Information infrastructures within European health care: Working with the installed base. Switzerland: Springer, 2017.
AKKERMAN, S. F.; BAKKER, A. Boundary Crossing and Boundary Objects. Review of educational research, [S.l.], v. 81, n. 2, p. 132–169, 2011. Disponível em: <http://rer.aera.net>. Acesso em: 10 jul. 2018.
AYRES, J. R. C, M. Georges Canguilhem e a construção do campo da saúde coletiva brasileira. Intelligere-Revista de História Intelectual, São Paulo, v. 2, n. 1, p. 139-155, 2016.
BRAMAN, S. Defining information: an approach for policy-makers. Telecommunications Policy, [S.l.], v. 13, n. 3, p. 233-242, 1989. Disponível em: <https://pantherfile.uwm.edu/braman/www/bramanpdfs/003_defining.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2018.
BRAMAN, S. Defining Information Policy. Journal of Information Policy, [S.l.], v.1, p. 1-5, 2011. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/281600906_Defining_information_policy>. Acesso em: 27 jul. 2018.
BRAMAN, S. A economia representacional e o regime global da política de informação. In: MACIEL, Maria Lúcia; ALBAGLI, Sarita. (Org.) Informação, conhecimento e poder: mudança tecnológica e inovação social. Rio de Janeiro: Garamond, 2011.
BRAMAN, S. The Change of the State: Information, and Policy and Power. Cambridge: MIT press, 2006.
BRAMAN, S. Horizons of the State: Information Policy and Power. Journal of Communication, [S.l.], v. 45, n. 4, p. 4-24, 1995.
BRAMAN, S. The emergent global information policy regime. Houndsmills, UK: Palgrave Macmillan, 2004.
BYGSTAD, B.; HANSETH, O. Governing e-Health Infrastructures: Dealing with Tensions. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON INFORMATION SYSTEMS, 37., Proceedings…, Dublin, 2016.
CONSTANTINIDES, P.; HENFRIDSSON, O.; PARKER, G. G. Introduction Platforms and Infrastructures in the Digital Age. Information Systems Research, [S.l.], v. 29, n. 2, 2018.
EATON, K. Policy Regime Juxtaposition in Latin America. Colombia Internacional, Bogotá, n. 90, p. 37-65, 2017.
EDWARDS, P. N. et al. Understanding Infrastructure: dynamics, tensions, and Design. Michigan: NSF Grant, 2007.
GONZÁLEZ DE GÓMEZ, M. N. A vinculação dos conhecimentos: entre a razão mediada e a razão leve. Liinc em Revista, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 16-37, 2005. Disponível em: <http://revista.ibict.br/liinc/>. Acesso em: 10 set. 2018.
GONZÁLEZ DE GÓMEZ, M. N. Da política de informação ao papel da informação na política. Revista Internacional de Estudos Políticos. NUSEG/UERJ, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 67-93, 1999.
HABERMAS, J. Between Facts and Norms: Contributions to a discourse theory of law and democracy. Cambridge: MIT Press, 1996.
JOACHIM, A. E.; MAY, P. J. Beyond Subsystems: Policy Regimes and Governance. Policy Studies Journal, [S.l.], v. 38, n. 2, p. 303-327, 2010.
KEOHANE, R. O.; KRASNER. S. Subversive Realist. Presented at the Annual Meeting of the American Political Science Association. Washington, DC, 2010.
KRASNER, S. D. Global Communications and National Power: Life on the Pareto Frontier. World Politics, Cambridge, v. 43, n. 3, p. 336-366, 1991. Disponível em: <http://www.jstor.org/stable/2010398>. Acesso em: 12 ago. 2018.
KRASNER, S. D. Causas estruturais e consequências dos regimes internacionais: regimes como variáveis intervenientes. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, v. 20, n. 42, p. 93-110, 2012.
KRASNER, S. D. Structural causes and regime consequences: regimes as intervening variables, International Organization, Massachusetts, v. 36, n. 2, 1982.
MAY, P. J.; JOACHIM, A. E. Policy regime perspectives: policies and governing. In: APPAM Fall Research Conference, Baltimore, 2012. Disponível em: <http://appam.confex.com/appam/2012/webprogram/ExtendedAbstract/Paper1585/MayJochimPReg ime_APPAM2012.pdf>. Acesso em: 6 jun. 2018.
MAY, P. J.; JOACHIM, A. E. Policy regime perspectives: policies, politics, and governing. Policy Studies Journal, [S.l.], v. 41, n. 3, p. 426-452, 2013. Disponível em: <https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/psj.12024>. Acesso em: 7 jun. 2018.
RENEDO, A.; KOMPOROZOS-ATHANASIOU, A.; MARSTON, C. Experience as evidence: the dialogic construction of health professional knowledge through patient involvement. Sociology, [S.l.], v. 52, n. 4, p. 778- 795, 2017.
RODON, J.; HANSETH, O. Stabilization and Destabilization Processes at Work in Digital Infrastructures: the co-functioning of architecture and governance. Working paper. University of Oslo. 2015. Disponível em:<http://heim.ifi.uio.no/~oleha/Publications/CatalanePrescriptionDI030315.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2018.
SANTOS, A. C. G.; GONZÁLEZ DE GÓMEZ, M. N. Ações de informação, colaboração e concertação institucional no contexto da extensão rural. Liinc em revista, Rio de Janeiro, v. 10, n. 2, 2014. Disponível em: <http://www.brapci.inf.br/v/a/22838>. Acesso em: 22 jun. 2018.
SANTOS, T. O. Implantação de sistemas informatizados na saúde: uma revisão sistemática. Reciis – Revista Eletrônica de Comunicação Informação e Inovação em Saúde, Rio de Janeiro, v. 11, n. 3, p. 1-11, 2017. Disponível em: . Acesso em: 9 jun. 2018.
SILVA, A. B. et al. Registro eletrônico de saúde em hospital de alta complexidade: um relato sobre o processo de implementação na perspectiva da telessaúde. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 2017. Disponível em:<https://bit.ly/2DHRvFg>. Acesso em: 22 ago. 2018.
SILVA, A. B.; MOREL, C. M.; SOZZI, M. I. Proposta conceitual de telessaúde no modelo da pesquisa translacional. Revista de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 48, n. 2, p. 347-356, 2014.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.