Cibercultura e educação para o trabalho:
tecnologias e aceleração social do tempo na formação humana omnilateral
DOI:
https://doi.org/10.29148/labor.v2i25.62651Palavras-chave:
Ensino. Cibercultura. Aceleração social do tempo. Formação humana omnilateral.Resumo
Este artigo apresenta uma reflexão sobre o processo evolutivo das tecnologias digitais de informação e comunicação - TDIC, intensificada pelo fenômeno da aceleração social do tempo, com o propósito de compreender como tais tecnologias dialogam com os princípios da formação humana omnilateral, no âmbito do ensino técnico integrado ao médio. A pesquisa faz parte de estudo realizado no âmbito do Mestrado Profissional em Educação Tecnológica e problematiza o uso das TDIC na educação integral do trabalhador com avanços e retrocessos que podem contribuir para a manutenção do sistema capitalista. Este estudo possui abordagem qualitativa e utiliza como instrumento metodológico a revisão de literatura. Os resultados evidenciaram a relação do avanço tecnológico com os preceitos da formação humana omnilateral e a necessidade de ampliar esse debate em diferentes áreas do conhecimento para fomentar a discussão sobre as TDIC na educação integral.
Referências
ATAY, S.; MERIÇ, G. K.; UĞUR, S. S. Present and Future Paradigms of Cyberculture in the 21st Century. Hershey: IGI Global, 2020.
BONAMIGO, C. A. Limites e possibilidades históricas à educação omnilateral. EDUCERE - Revista da Educação, Umuarama, v. 14, n. 1, p. 83-101, jan./jun. 2014.
CIAVATTA, M. Ensino Integrado, a Politecnia e a Educação Omnilateral: por que lutamos? Revista Trabalho & Educação, v. 23, n. 1, p. 187–205, 2014. Disponível em:<https://seer.ufmg.br/index.php/trabedu/article/view/7693/5935>. Acesso em: 1 dez. 2019.
CITELLI, A. O. Comunicação e Educação: o problema da aceleração temporal. In: NAGAMINI, E. (Org.). Questões teóricas e formação profissional em comunicação e educação. Ilhéus, Editus, 2016. v. 1. (Série Comunicação e Educação.).
COSTA, C. S.; FOFONCA, E. A mediação tecnológica e a aprendizagem em AVA: relevâncias educomunicativas no contexto da educação on-line. In: XIII Congresso Nacional de Educação – EDUCERE, 2017, Curitiba, Paraná. Disponível em: <http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/24849_12161.pdf>. Acesso em: 1 dez. 2019.
COSTA, S. O. O educador 24/7: as reconfigurações no ensino frente à aceleração social do tempo e à modernidade tardia. In: XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 2016, São Paulo. Anais do XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 5 a 9 de setembro de 2016. Comunicação e Educação: Caminhos Integrados para um Mundo em Transformação. São Paulo: Intercom, 2016. v. 39.
FALCÃO, S. P. Aceleração temporal e estresse docente. In: CITELLI, A. (Org.). Comunicação e educação: os desafios da aceleração social do tempo. São Paulo: Paulinas, 2017.
FREZZA, M.; GRISCI, C. L.; KESSLER, C. K. Tempo e espaço na contemporaneidade: uma análise a partir de uma revista popular de negócios. Rev. adm. contemp., Curitiba, v. 13, n. 3, p. 487-503, Set. 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rac/v13n3/v13n3a09.pdf. Acesso em: 3 jul. 2020.
FRIGOTTO, G. A relação da educação profissional e tecnológica com a universalização da educação básica. Educ. Soc., Campinas, v. 28, n. 100, p. 1129-1152, Out. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/es/v28n100/a2328100.pdf>. Acesso em: 1 dez. 2019.
GOMES, H. S. C. Os modos de organização e produção do trabalho e a educação profissional no Brasil: uma história dos dualismos e racionalidade técnica. In: BATISTA, E. L.; MÜLLER, M. T. (Orgs.) A Educação Profissional no Brasil. Campinas: Editora Alínea, 2013. p. 59-82.
GRAMSCI, A. La alternativa pedagógica. Barcelona: Editorial Fontamara, 1981.
GRAMSCI, A. Maquiavel, a política e o estado moderno. 8.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1991.
HAN, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Petrópolis: Vozes, 2015, 136 p.
KENSKI, V. M. Educação e tecnologias: Um novo ritmo da informação. 8. ed. Campinas: Papirus, 2012. p. 15-25.
LEMOS, A. Cibercultura e mobilidade: a era da conexão. In: XXVIII CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 2005, Rio de Janeiro. Intercom. Rio de Janeiro: Uerj, 2005. p. 1 - 17. Disponível em: <http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2005/resumos/R1465-1.pdf>. Acesso em: 1 dez. 2019.
LEMOS, A. Cibercultura, cultura e identidade: em direção a uma “Cultura Copyleft”?. Contemporanea: Revista de Comunicação e Cultura, Salvador, v. 2, n. 2, p.9-22, dez. 2004. Disponível em: <http://www.portalseer.ufba.br/index.php/contemporaneaposcom/article/view/3416/2486>. Acesso em: 1 dez. 2019.
LEVY, P. Cibercultura. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Ed. 34, 1999.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. 2ª ed. São Paulo: E.P.U., 1986.
MAIA, A. F. Aceleração: reflexões sobre o tempo na cultura digital. Impulso, Piracicaba, v. 27, n. 69, p. 121-131, 2017.
MARX, K; Engels, F. Manifesto do Partido Comunista. Lisboa: Avante Edições, 1997. Disponível em: <http://www.marxists.org/portugues/marx/1848/ManifestoDoPartidoComunista/index.ht>. Acesso em: 1 dez. 2019.
MARX, K. Manuscritos econômicos e filosóficos de 1844. In: FROMM, E. Conceito Marxista de homem. 7. ed. São Paulo: Zahar, 1979.
MARX, K. O capital (Crítica da economia política). Livro 1: O processo de produção do capital. 6.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980.
MUSSE, C. F.; VARGAS, H. (Org.); NICOLAU, M. (Org.). Comunicação, mídias e temporalidades. 1. ed. Salvador: Editora da Universidade Federal da Bahia, 2017. v. 1. 259p.
HSU, E. L., ELLIOTT, A. Social Acceleration Theory and the Self. In: J Theory Soc Behav, 45: 397-418p. New Jersey: Wiley Online Library, 2015. Disponível em: <https://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.729.9721&rep=rep1&type=pdf>. Acesso em: 19 fev. 2021.
OLIVEIRA, F. Crítica à razão dualista/O ornitorrinco. São Paulo: Boitempo, 2003.
OLIVEIRA, J. A; ALMEIDA, R. O. Juventude e novas tecnologias da informação e comunicação: tecendo redes de significados. Rev. NUFEN, Belém, v.6, n.2, p.70-89, 2014. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-25912014000200006&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 3 dez. 2019.
PINTO, A. V. O conceito de Tecnologia. Rio de Janeiro: Contraponto, 2005.
PRODANOV, C.; FREITAS, E. C. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. Novo Hamburgo: Feevale, 2009.
RAMOS, M. Concepção do ensino médio integrado. Versão ampliada de exposição no seminário sobre ensino médio (Mossoró, RN), 2007
RAMOS, M. N. História e política da educação profissional. Curitiba, PR: Instituto Federal do Paraná, 2014. Disponível em: <https://curitiba.ifpr.edu.br/wp-content/uploads/2016/05/História-e-política-da-educação-profissional.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2019.
ROSA, H. Alienation and Acceleration. Towards a Critical Theory of LateModern Temporality. Malmö/Arhus: NSU Press, 2010.
SALAVATI, S. Use of Digital Technologies in Education: The Complexity of Teachers’ Everyday Practice. 2016. 317 f. (Doutorado em Ciências da Computação) - Universidade de Linnaeus, Växjö, 2016. Disponível em: <https://www.diva-portal.org/smash/get/diva2:1039657/FULLTEXT01.pdf >. Acesso em: 19 fev. 2021.
SANTOS, E. M. A aceleração do tempo e o declínio da experiência na contemporaneidade. São Paulo: USP, 2017. Disponível em: <https://www.metodista.br/revistas/revistas-unimep/index.php/impulso/article/download/3670/2216>. Acesso em: 1 dez. 2019.
SANTOS, I. S; ALVES, A.L; OLIVEIRA, K. E. J. Cibercultura: que cultura é esta? in PORTO, C; ALVES, A; MOTA, M. F. (Org.) EDUCIBER: diálogos ubíquos para além da tela e da rede: Aracaju: Edunit, 2018.
SAVIANI, D. O trabalho como princípio educativo frente às novas tecnologias. In: Novas tecnologias, trabalho e educação. Petrópolis /RJ: Vozes, 1994
SILVA, D. J. Temporalidade do presente e o governo da vida. In: CARDOSO, C. M (org.). Universidade, poder e direitos humanos. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2016. p. 59-73.
SOARES, I. O. Educomunicação: um campo de mediações. In: CITELLI, A. O.; COSTA, Maria C. C. (Orgs.) Educomunicação: construindo uma nova área de conhecimento. São Paulo: Paulinas, 2011.
VALENTE, J. A. Integração currículo e tecnologia digitais de informação e comunicação: a passagem do currículo da era do lápis e papel para o currículo da era digital. In: CAVALHEIRI, A; ENGERROFF, S. N; SILVA, J. C. (Orgs.), As novas tecnologias e os desafios para uma educação humanizadora. Santa Maria: Biblos, 2013.
ZANTVOORT, B. Political inertia and social acceleration. Philosophy & Social Criticism Newton, v.43, n.7, p.707-723, 2017. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/308877662_Political_inertia_and_social_acceleration>. Acesso em: 19 fev. 2021.
ZULASKI, J. A Complete Integral Education: Five Principal Aspects. Integral Review: A Transdisciplinary & Transcultural Journal for New Thought, Research, & Praxis . Special Issue, v.13, n.1, p20-29, 2017. Disponível em: <http://www.integral-review.org/issues/vol_13_no_1_zulaski_a_complete_integral_education.pdf>. Acesso em: 19 fev. 2021.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) durante o processo editorial informando que o artigo está em processo de publicação, já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).