QUAL O LUGAR DAS MULHERES NO MUNDO? O PESO DOS ESTEREÓTIPOS DE GÊNERO SOBRE AS MULHERES MIGRANTES E REFUGIADAS
Keywords:
Estereótipos de gênero, Migrações, Mulheres, Migrantes.Abstract
Ao longo de suas vidas, mulheres e homens são confrontados com expectativas sobre seu comportamento e seu “lugar” na sociedade. Essas “expectativas de gênero” (ADICHIE, 2015) costumam partir de pré-conceitos que limitam a vida das mulheres, seja por enfatizar seu papel como esposa e mãe, ou sobre que tipo de atitude ela deve ter tanto no espaço doméstico, quanto no ambiente de trabalho. Esses estereótipos, baseados em gênero, tem reflexos na divisão sexual do trabalho, nas diferentes formas de violência sofrida pelas mulheres, na determinação de quais espaços elas podem ocupar, na pressão sobre o tipo de vida e comportamentos (casamento, maternidade, vestuário...), na objetificação dos corpos femininos e na dificuldade de superação das estruturas de poder que ordenam a sociedade. Tais situações são comuns a todas as mulheres, mas para aquelas em situação de migração são um agravante, na medida em que estão mais desprotegidas para reivindicar e ter acesso a direitos. O presente trabalho objetiva então, a partir do questionamento sobre qual o lugar das mulheres no mundo, analisar qual o peso dos estereótipos de gênero sobre as mulheres migrantes e refugiadas. Desta forma, primeiramente irá tratar dos estereótipos de gênero e sua influência na vida das mulheres de forma geral, para depois abordar a vida das mulheres em um mundo de homens (NAÇÕES UNIDAS, 2015), tendo em vista a visão androcêntrica (MORENO, 1999) de mundo constantemente reforçada em diferentes espaços. Finalmente, analisará o peso dos estereótipos de gênero sobre as mulheres migrantes e refugiadas. Trata-se de um trabalho de revisão bibliográfica, baseado no método dedutivo, visando corroborar a hipótese de que mulheres e homens são colocados frente à estereótipos de gênero, mas o peso negativo sobre as mulheres é muito maior devido à concepção de masculino e feminino socialmente reproduzida, que se refletirá também no contexto migratório.
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