Implicações políticas na pesquisa-intervenção com jovens

Autores

  • Veriana de Fátima Rodrigues Colaço Universidade Federal do Ceará
  • Karla Galvão Adrião Universidade Federal de Pernambuco
  • Jaileila de Araújo Menezes Universidade Federal do Ceará

Resumo

Neste artigo refletimos sobre a potência política da pesquisa-intervenção com jovens, no que concerne às transformações nos planos micro e macro sociais e no processo de produção de conhecimento com os/as participantes. Buscamos problematizar pontos de ruptura da pesquisa-intervenção com relação ao modelo tradicional da pesquisa científica, considerando quatro procedimentos: a (des)institucionalização, o (des)disciplinamento, o encontro entre pesquisadores/as e jovens e a produção de outras possibilidades de vida. Entendemos que, ao considerarmos os significados produzidos pelas/os jovens, reconhecendo-as/os como agentes de suas histórias individuais e sociais, estamos nos contrapondo à visão ainda hegemônica sobre a juventude como potencialmente perigosa, irresponsável e despolitizada. A pesquisa-intervenção que advogamos estabelece uma interface com políticas científicas para a produção de conhecimento prudente, pautada na crítica feminista interseccional e nos estudos sobre processos de subalternização. Discutiremos sobre três estudos realizados com jovens em contextos diferentes, porém semelhantes quanto às suas condições de existência, marcadas pela exclusão social, violência e discriminação de gênero, de raça, de local de moradia e de classe social.

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Publicado

2018-01-01

Como Citar

Rodrigues Colaço, V. de F., Galvão Adrião, K., & Menezes, J. de A. (2018). Implicações políticas na pesquisa-intervenção com jovens. Revista De Psicologia, 9(1), 8–17. Recuperado de http://periodicos.ufc.br/psicologiaufc/article/view/20638