Depressão em crianças: sintoma ou inibição?
Palabras clave:
Psicanálise, Criança, Depressão, Sintoma, InibiçãoResumen
O artigo apresenta elementos de uma pesquisa sobre as incidências da depressão em crianças, elegendo como eixos de investigaçãoos conceitos psicanalíticos de sintoma e inibição. A pergunta que orienta o trabalho é: há uma relação entre a posição depressiva e
a inibição proveniente do período de latência? Se há, em que termos essa relação pode ser pensada e quais as consequências paraa
direção do tratamento? A partir de uma pesquisa bibliográfica ancorada no referencial psicanalítico, trabalharemos fundamentalmente
a partir das formulações de Freud e Lacan, seguindo, no que tange especificamente à depressão, as elaborações de Mauro Mendes Dias,
Irene Kuperwajs, Maria Rita Kehl e Astréa da Gama e Silva. Os resultados apontam que os conceitos de sintoma e inibição ampliam o
saber acerca da posição depressiva, permitindo reflexões sobre o manejo e a direção do tratamento em tais casos. À guisa de conclusão,
evidencia-se a relevância da distinção entre sintoma, inibição e angústia, na medida em que inibição e angústia dizem respeito ao
processo de constituição psíquica, podendo ser tomados como testemunhos de uma mudança de posição subjetiva.
Descargas
Citas
Ajuriaguerra, J. (2000). Manual de psiquiatría
infantil. Masson: Madrid.
Associação Psiquiátrica Americana (2014).
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais (5ª ed.). Porto Alegre: Artmed.
Burton, R. (2011). Anatomia da melancolia
(v. I). Curitiba: Editora UFPR. (Obra
original publicada em 1961)
Calderaro, R. S. dos S., & Carvalho, C. V. de
(2005). Depressão na infância: um estudo
exploratório. Psicol. estud., Maringá , v.
, n. 2, p. 181-189. Recuperado em 10 de
agosto, 2015, de <http://www.scielo.br/
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
-73722005000200004&lng=en&nrm=iso>.
Chemama, R. (2007). Depressão, a grande
neurose contemporânea. Porto Alegre:
CMC.
Correa, C. R. G. L., & Pinheiro, G. S. (2013).
Período de latência e tempo para compreender
nas aprendizagens. Psicol. estud.,
Maringá , v. 18, n. 1, p. 61-69. Recuperado
em 25 de maio, 2015 de
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi
d=S141373722013000100007&lng=en&n
rm=iso>.
Coser, O. (2003). Depressão: clínica, crítica
e ética. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ.
Recuperado em 12 de julho, 2015, de
SciELO Books<http://books.scielo.org>.
Crespin, G. (2004). A clínica precoce: o nascimento
do humano. São Paulo: Casa do
Psicólogo.
Crunivel, M., & Boruchovitch, E. (2008).
Sintomas depressivos em crianças: esPsicol.
cienc. prof., Brasília , v. 28, n. 3, p.
-585, 2008 . Recuperado em 10 de
agosto, 2015, de <http://www.scielo.br/
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
-98932008000300011&lng=en&nrm=iso>.
Dias, M. M. (2003a). Caderno do Seminário:
neuroses e depressão lições I à V. São Paulo:
Instituto de Psiquiatria de Campinas.
Dias,
M. M. (2003b). Caderno do Seminário:
neuroses e depressão lições VI à XIII. São
Paulo: Instituto de Psiquiatria de Campinas.
Dor, J. (2003). Introdução à leitura de Lacan.
São Paulo: Artmed.
Fernandes, L. R. (2003). O olhar do engano:
Autismo e o Outro primordial. São Paulo:
Escuta.
Fernandes, C. M. (2000). O sofrimento na
infância e a psicanálise. In: Revista diálogos
possíveis. Recuperado em 27 de
junho, 2015, de http://revistas.faculdadesocial.
edu.br/index.php/dialogospossiveis/
article/view/12 .
Fleig, M. Prefácio. In: Chemama, R. (2007).
Depressão, a grande neurose contemporânea.
Porto Alegre: CMC.
Freud, S.. Estudos sobre a histeria (1987a).
In: Edição standard brasileira das obras
completas de Sigmund Freud. (Vol II). Rio
de Janeiro: Imago. (Obra original publicada
em 1893-95)
Freud, S.. Rascunho B (1987b). In: Edição
standard brasileira das obras completas
de Sigmund Freud. (Vol I). Rio de Janeiro:
Imago. (Obra original publicada em 1893)
Freud, S.. Projeto para uma psicologia científica
(1987c). In: Edição standard brasileira
das obras completas de Sigmund Freud.
(Vol I). Rio de Janeiro: Imago. (Obra original
publicada em 1895)
Freud, S.. Carta 52 (1987d). In: Edição
standard brasileira das obras completas
de Sigmund Freud. (Vol I). Rio de Janeiro:
Imago. (Obra original publicada em 1896)
Freud, S.. Três ensaios sobre a teoria da
sexualidade (1996a). In: Edição Standard
Brasileira. (Vol VII). Rio de Janeiro: Imago.
(Obra original publicada em 1905)
Freud, S.. Inibições, sintomas e ansiedade
(1996b). In: Edição Standard Brasileira,
(Vol XX). Rio de Janeiro: Imago. (Obra original
publicada em 1926)
Freud, S. (1996c). O mal-estar na civilização.
In: Edição Standard Brasileira (Vol.
XXI). Rio de Janeiro: Imago. (Obra original
publicada em 1930)
Freud, S. Leonardo da Vinci e uma lembrança
de sua infância (1970). In: Edição Standard
Brasileira. (Vol. XI). Rio de Janeiro:
Imago. (Obra original publicada em 1910)
Freud, S. Luto e Melancolia (1976). In: Edição
Standard Brasileira. Rio de Janeiro:
Imago. (Obra original publicada em 1917)
Freud, S. O Eu e o Isso (1990). In: Edição
Standard Brasileira. Rio de Janeiro: Imago.
(Obra original publicada em 1923).
Gama e Silva, A. da. (2005). Perder ou não
perder: eis a questão. In: Hanna, M. S. G.
F. & Souza, N. S. O objeto da angústia. Rio
de Janeiro: 7Letras.
Jerusalinsky, A., & Fendrik, S. (2011). O
livro negro da psicopatologia contemporânea.
São Paulo: Via Lettera.
Kamers, M. (2013). A fabricação da loucura
na infância: psiquiatrização do discurso e
medicalização da criança. Estilos clin., São
Paulo , v. 18, n. 1. Recuperado em 10 de agosto,
, de <http://pepsic.bvsalud.org/
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
-71282013000100010&lng=pt&nrm=iso>.
Kehl, M. R. (2009). O tempo e o cão: a atualidade
das depressões. São Paulo: Boitempo.
Kehl, M. R. (2011). A atualidade das depressões:
Como pensar as depressões sem
o DSM-IV. In: Jerusalinsky, A., & Fendrik,
S. (Orgs). O livro negro da psicopatologia
contemporânea. São Paulo: Via Lettera.
Kuperwajs, I. (2010). Psicoanálisis com
niños 3: Tramar lo singular. Buenos Aires:
Gama Ediciones.
Lacan, J. (1986). Hamlet por Lacan. São
Paulo: Escuta/Liubliu. (Obra original publicada
em 1959).
Lacan, J. (1990). Os complexos familiares.
(2a ed). Rio de Janeiro: Zahar.
Lacan, J. (1995). O Seminário, livro 4: A relação
de objeto (1956-57). Rio de Janeiro:
Jorge Zahar.
Lacan, J. (1999). O Seminário, livro 5: as
formações do inconsciente (1957-58). Rio
de Janeiro: Zahar.
Lacan, J.(1998). O tempo lógico e a asserção
de certeza antecipada. In: Lacan,
J. Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
(Obra original publicada em 1945).
Lacan, J.(2003). Nota sobre a criança. In:
Outros escritos. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar. (Obra original publicada em 1969)
Lacan, J. (2003). Televisão. In: Lacan,
J. Outros escritos. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar. (Obra original publicada em 1974)
Laplanche, J., & Pontalis, J.-B. (1985). Vocabulário
da psicanálise. São Paulo: Martins
Fontes Editora.
Marino, A. S.(2013). A criança na interface
do silêncio medicamentoso e como
sujeito na psicanálise. Po!êmica. Rio de
Janeiro. Recuperado em 10 de agosto,
, de
uerj.br/index.php/polemica/article/
view/5274/3867>.
Orlandi, M. A. B., & Terzis, A. (2009). Método
psicanalítico e o discurso da criança no
grupo: um estudo piloto da sintomatologia
depressiva no escolar. Rev. SPAGESP, Ribeirão
Preto , v. 10, n. 1. Recuperado em
de agosto, 2015, de
bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext
&pid=S167729702009000100008&lng=p
t&nrm=iso>.
Polaino-Lorente, A. (1988). Depressiones
infantiles. Madrid: Morata.
Trobas, G. (2004). Tres respuestas del sujeto
ante la angustia: inhibición, pasaje el
acto y acting out. Buenos Aires: Grama
ediciones.
Vorcaro, A.(2011). O efeito bumerangue da
classificação psicopatológica da infância.
In: Jerusalinsky, A., & Fendrik, S. (Orgs).
O livro negro da psicopatologia contemporânea.
São Paulo: Via Lettera.