A ética e a saúde do trabalhador no âmbito do capitalismo cognitivo-cultural
Palabras clave:
Ética, alteridade radical, capitalismo cognitivo-cultural, saúde do trabalhadorResumen
O artigo apresenta um estudo teórico sobre a relação entre a dimensão ética e a saúde do trabalhador no âmbito do capitalismo cognitivocultural. Abordaremos temas como “governo das vontades”, “psicologização” das relações sociais, “flexibilização”, “individualização do trabalho” e “paradigma da ativação”, e os confrontaremos com teses da ética da alteridade radical de Emmanuel Lévinas, e as consequências dessas questões para a saúde do trabalhador. Também será analisado o caráter moralizador desse discurso, no sentido de “psicologizar” espaços e fenômenos sociais, de modo a culpabilizar e despolitizar os indivíduos e desresponsabilizar o Estado. O “método” utilizado foi o analítico-crítico, com uma perspectiva qualitativa e de caráter eminentemente teórico, com viés desconstrucionista, pois o fenômeno estudado tem natureza polissêmica e se apresenta como capaz de ser disseminado em relação a vários campos de práticas sociais. Na discussão, trazemos a análise dos aspectos encontrados no sistema capitalista tardio a partir da perspetiva ética levinasiana, apontando as decorrências sociais que são encobertas no discurso do mercado.
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