Justiça Restaurativa, mediação vítima-ofensor e teorias psicanalíticas de grupo: uma possível aproximação / Restorative Justice, victim-offender mediation and group psychoanalytic theories: a possible approach

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.36517/revpsiufc.11.1.2020.11

Resumen

Resumo:

Este trabalho pretende refletir sobre o dispositivo mediação vítima-ofensor,  forjado de acordo com os princípios da Justiça Restaurativa, a partir das teorias psicanalíticas de grupo. Busca-se refletir sobre os processos que se dão nos encontros restaurativos sob o ponto de vista da dinâmica mudança-adaptação e das alianças inconscientes - sobretudo dos pactos denegativos. Para isto, partimos de apontamentos sobre a justiça restaurativa e do dispositivo mediação vítima-ofensor para, então, analisar o desenlace de uma sessão de mediação no âmbito do judiciário à luz de perspectivas psicanalíticas de grupo. Este percurso resulta na confirmação na potência do diálogo justiça restaurativa-psicanálise e aponta temas relevantes para futuras investigações.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Almeida, C. P. de e Yazbek, V. C. (2014) Justiça Restaurativa: um conceito em desenvolvimento. IN: Grecco, A. et al. Justiça Restaurativa em ação: práticas e reflexões (pp. 63-84). São Paulo: Dash.

Amstutz, L. S.. (2015) The Little Book of Victim Offender Conferencing. In: The big book of Restorative Justice (pp. 109-201). New York: Good Books.

Anzieu. D. (1978) O monitor e a sua função interpretante. IN: O trabalho psicanalítico nos grupos. Lisboa: Moraes Editores. (pp. 149-170).

Azevedo, A. G. O. (2005) Componente de Mediação Vítima-Ofensor na Justiça Restaurativa: Uma Breve Apresentação de uma inovação epistemológica na autocomposição penal. IN: Slakmon, C.; Vitto, R. & Pinto, R. G. (Orgs.). Justiça Restaurativa (pp. 135-162). Brasília – DF: Ministério da Justiça e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD.

Bleger, J. (1988) Simbiose e ambiguidade. (3ª ed.) Rio de Janeiro: Francis Alves.

Bleger. (1999) Psicohigiene y Psicologia Institucional. Buenos Aires, Paidós.

Bush, R. A. B. e Folger, J. P. (1999) Mediação Transformativa e Intervenções de Terceiros: as Marcas Registradas de um Profissional Transformador. In: Schinitman, D.F. e Littejohn, S.. Novos Paradigmas em Mediação (pp. 85 100) Porto Alegre: Artmed.

Calcaterra, R. A. (2006) Mediación Estratégica. Barcelona: Gedisa.

Castanho, P. (2018) Uma Introdução Psicanalítica ao Trabalho com Grupos em Instituições. São Paulo: Linear A-barca.

Conselho Nacional de Justiça. (2018) Justiça em Números 2018: ano-base 2017. Brasília: CNJ.

Coob, S. (1993) Empowerment and mediation: A narrative perspective. Negotiation Journal, 9 (3), 245-259. Fisher, R.; Ury, W. & Bruce, P. (2014) Chegando ao sim: como negociar sem fazer concessões. Rio de Janeiro: Solomon.

Gaillard, G.; Castanho, P. (2014) Vínculo genealógico e o trabalho de historização em instituição. Cadernos de Psicanálise [SPCRJ]. Rio de Janeiro, 30(33), 119-135.

Käes, R. (2011) Um singular plural:a psicanálise à prova do grupo. São Paulo: Loyola.

Käes, R. (2016) As alianças inconscientes. São Paulo: Idéias & Letras, 2014.

Laplanche, J.; Pontalis. (2016) Vocabulário de Psicanálise. (4a ed.) São Paulo: Martins Fontes.

Meirelles, C. A. e Faria, M. de M..(2014) Articulação de redes na Justiça Restaurativa. In: Grecco, A. et al. Justiça Restaurativa em ação: práticas e reflexões (pp. 63-84). São Paulo: Dash.

Rouchy, J.C.; Desroche, M.S. (2005) Instituição e Mudança. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Zehr, H. e Mika H. (2015) Fundamental Principles of Restorative Justice. In: The big book of Restorative Justice (pp. 85-91). New York: Good Books.

Zehr, H. (2015) The Little Book of Restorative Justice: Revised & Apdated. In: The big book of Restorative Justice (pp. 1-84). New York: Good Books.

Publicado

2020-01-01

Cómo citar

Arantes de Souza, C. (2020). Justiça Restaurativa, mediação vítima-ofensor e teorias psicanalíticas de grupo: uma possível aproximação / Restorative Justice, victim-offender mediation and group psychoanalytic theories: a possible approach. Revista De Psicologia, 11(1), 146–157. https://doi.org/10.36517/revpsiufc.11.1.2020.11