A coragem de ser músico: prazer e sofrimento no trabalho em orquestras sinfônicas

Auteurs

  • Eric Campos Alvarenga Universidade Federal do Pará
  • Paulo de Tarso Ribeiro De Oliveira Universidade Federal do Pará
  • Maria Lúcia Chaves Lima Universidade Federal do Pará

Mots-clés :

Saúde mental, trabalho, orquestra sinfônica, sofrimento psíquico, prazer.

Résumé

Este artigo analisa o que músicos da Orquestra Sinfônica da Amazônia de uma cidade da região norte do Brasil dizem em relação ao seu trabalho, verificando possíveis aspectos produtores de prazer e sofrimento psíquico. Foram feitas entrevistas individuais e coletivas com nove músicos. Utilizou-se uma análise qualitativa com a técnica específica de pesquisa e intervenção da Psicodinâmica do Trabalho. O trabalho destes músicos produz prazer por meio de seu grande poder de sublimação, no entanto, é fonte de sofrimento na medida em que possui uma organização rígida e precárias condições de trabalho.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur

Eric Campos Alvarenga, Universidade Federal do Pará

Psicólogo, mestre em Psicologia pelo Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal do Pará. Atualmente está cursando doutorado no referido programa. É coordenador acadêmico do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ) no estado do Pará e coordenador do grupo Saúde na Amazônia.

Paulo de Tarso Ribeiro De Oliveira, Universidade Federal do Pará

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Pará (1988), Mestrado em Saúde Pública - Ensp (1998) e Doutorado em Saúde Pública - Ensp (2005). Atualmente é professor Associado I da Universidade Federal do Pará. Tem experiência na área de Saúde Coletiva e Psicologia, em que atua nos seguintes campos do conhecimento: saúde do trabalhador, sofrimento psíquico, análise institucional, política de saúde e monitoramento e avaliação. É membro da Abrasco-Associação Brasileira de Saúde Coletiva e Diretor da Rede Unida. Participa do Conselho Editorial da Revista Saúde e Debate, do Centro Brasileiro de Estudos da Saúde - CEBES

Maria Lúcia Chaves Lima, Universidade Federal do Pará

Doutora em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade de São Paulo. Professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia e do Instituto de Ciências da Educação da Universidade Federal do Pará. Pesquisadora com experiência nas áreas de Psicologia Social e Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: diversidade sexual, relações de gênero, processos de medicalização da vida e e modos de subjetivação. Coordena o grupo inquietAÇÕES: arte, saúde e educação. É integrante do Núcleo de Práticas Discursivas e Produção de Sentidos da PUC-SP, membro da Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO) e do Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade.

Références

Canguilhem, G. (2016). Meio e normas do homem no trabalho. Pro-Posições, 12(2-3), 109-121. Recuperado de http://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8643999

Costa, C. P. (2007). Contribuições da ergonomia à saúde do músico: considerações sobre a dimensão física do fazer musical. Revista Música Hodie, 5(2). 53-63.

Dejours, C. (2004). Addendum: da psicopatologia à psicodinâmica do trabalho. In: S. Lancman & L. Sznelwar. (Orgs.). Christophe Dejours: Da Psicopatologia À Psicodinâmica do Trabalho. (pp. 47-104). Rio de Janeiro: Fiocruz.

Dejours, C. (2009a). A loucura do trabalho: Estudo de psicopatologia do trabalho. São Paulo: Cortez-Oboré.

Dejours, C. (2009b). Psicodinâmica do Trabalho: contribuições da Escola Dejouriana à análise da relação prazer, sofrimento e trabalho. São Paulo: Atlas.

Dejours C, Abdoucheli, E. (2009). Itinerário teórico em psicopatologia do trabalho. In C. Dejours, E Abdoucheli & C. Jayet. (Orgs.). Psicodinâmica do trabalho: contribuição da escola dejouriana à análise da relação prazer, sofrimento e trabalho. (pp. 119-145) São Paulo: Atlas.

Dejours, C. & Gernet, I. (2012). Psychopathologie du travail. Paris: Masson.

Denzin, N. & Lincoln, Y. (2006). A disciplina e a prática da pesquisa da pesquisa qualitativa. In N., Denzin & Y., Lincoln (Orgs,). O Planejamento da Pesquisa Qualitativa: teorias e abordagens (pp. 15-41). Porto Alegre: Artmed Bookman.

Freud, S. (2010). O mal-estar na cultura. São Paulo: L&PM Pocket (Trabalho original publicado em 1930).

Laplanche, J. & Pontalis, J. (1986) Vocabulário da psicanálise. São Paulo: Martins Fontes.

Mendes, A. M (2007). Psicodinâmica do trabalho: teoria, método e pesquisas. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Oliveira, C. F. C. & Vezzá, F. M. G. (2010). A saúde dos músicos: dor na prática profissional de músicos de orquestra no ABCD paulista. Rev. bras. saúde ocup.; 35(121): 33-40.

Pichoneri, D. F. M. (2011). Relações de trabalho em música: o contraponto da harmonia. Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade Estadual de Campinas.

Seligmann-Silva, E. (2011). Trabalho e desgaste mental: o direito de ser dono de si mesmo. São Paulo: Cortez.

Souza, S. & Borges, L.O. (2010) A profissão de músico conforme apresentada em jornais paraibanos. Psicol. Soc. 22(1): 157-168.

Trelha, C. S., de Carvalho, R. P., Franco, S. S., Nakaoski, T., Broza, T. P., de Lorena Fábio, T., & Abelha, T. Z. (2004). Arte e saúde: frequência de sintomas músculo-esqueléticos em músicos da orquestra sinfônica da Universidade Estadual de Londrina. Semina: ciências biológicas e da saúde, 25(1), 65-72.

Téléchargements

Publiée

2019-03-26

Comment citer

Alvarenga, E. C., De Oliveira, P. de T. R., & Lima, M. L. C. (2019). A coragem de ser músico: prazer e sofrimento no trabalho em orquestras sinfônicas. Revista De Psicologia, 9(2). Consulté à l’adresse http://periodicos.ufc.br/psicologiaufc/article/view/11883

Numéro

Rubrique

Artigos