Notas sobre o uso de imagens visuais nas pesquisas em psicologia

Auteurs

  • Lineu Norio Kohatsu Pontifícia Universidade Católica - SP

Mots-clés :

Fotografia, vídeo, Psicologia.

Résumé

O presente artigo tem por objetivo apresentar algumas reflexões sobre o uso de imagens visuais nas pesquisas em Psicologia. Na primeira parte, discute-se como as ciências humanas e a fotografia, surgidas no século XIX, compartilharam a visão hegemônica de ciência baseada nos pressupostos do positivismo, e produziram teorias preconceituosas a respeito dos indivíduos ou grupos considerados inferiores ou desprovidos de razão, como os povos primitivos ou selvagens, os criminosos e os loucos. Na segunda parte, propõe-se uma discussão sobre o olhar e o exercício antropológico de buscaro familiar no estranho e de estranhar o familiar na relação do pesquisador com o outro e consigo mesmo. Na terceira parte, são apresentados alguns trabalhos de pesquisa qualitativa em Psicologia que fizeram uso de imagens. No artigo,buscou-se mostrar a importância do diálogo interdisciplinar, do reconhecimento das experiências em outras áreas e disciplinas do conhecimento, inclusive não-acadêmicas, como o fotojornalismo. Para além do domínio técnico no uso dasimagens, enfatiza-se a necessidade de uma reflexão crítica sobre a ética na relação com o outro. Por fim, procurou-se mostrar como são tênues as fronteiras entre objetividade e subjetividade, estranho e familiar, documento e ficção e entre ciência e arte.

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Biographie de l'auteur

Lineu Norio Kohatsu, Pontifícia Universidade Católica - SP

Psicólogo formado pela PUC-SP, Mestre e Doutor pelo Programa de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano do Instituto de Psicologia da USP. Professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. E-mail: lineu@usp.br Endereço: Av. Prof. Mello Moraes, 1721, bloco A, sala 174, CEP 05508-030, Cidade Universitária, São Paulo/SP.

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Publiée

2017-06-02

Comment citer

Kohatsu, L. N. (2017). Notas sobre o uso de imagens visuais nas pesquisas em psicologia. Revista De Psicologia, 8(1), 23–36. Consulté à l’adresse http://periodicos.ufc.br/psicologiaufc/article/view/13953

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